Coisas boas em tempos de crise
Para além de uma receita boa e barata de arroz de Grelos com Bacalhau por 6,41 € para 4 pessoas , sempre temos as praias das redondezas para quem vive perto do mar; para quem está longe, temos pena, sei bem o que isso é. São só vantagens: durante este período de êxodo para outras bandas não é difícil estacionar (não exageremos e levemos o carro), o areal está espaçoso, não há filas para as casas de banho e os cafés são servidos rapidamente.
Durante o trajecto convém ignorar os smarts com moças excitadas e os grunhos do costume; é preciso ter calma porque não se vai "picar o ponto" nem a nenhuma reunião de trabalho. Conselho amigo: evitar os nervinhos e o stress.
Chegando ao areal, escolha uma aberta simpática (o local não é despiciendo), respire fundo e sossegue. Instale-se com ordem: sapatos, toalha, chapéu (guarda-sol, lancheira, revista, livro, i pod, e óleo para cabelo são opcionais), roupa dobrada, bronzeador e considere-se na praia. À sua volta vê muitos jovens de corpo bonito e bikinis reduzidos, mas não se ponha com nostalgias do seu tempo de adolescência; pense que as hormonas provocam disparates dos quais ainda hoje tem memória. Na vizinhança da toalha também encontra gente igual a si (percebe do que falo, naturalmente), está ali para mudar de ares, falar de banalidades, descontrair e apanhar uma corzinha que perdure até ao regresso ao trabalho.
Entretanto já lhe deve ter dado a fome e a sede. Recorda-se quando era criança e viajava com os seus pais? ainda não tinham feito dez quilómetros e já estava a pedir comida? A mim dá-me logo para sacar da caixa da fruta (pão opcional) e da garrafa de água. Não vá na conversa de levar frutos secos e liofilizados; até podem tirar a fome, mas dão uma sede desgraçada.
Por fim tome uma rica banhoca. Vá por mim: a água está magnífica.
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