terça-feira, fevereiro 23

E eu que nunca fui ao Brasil...

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Acredite, pior que estar na frente de um piroso por fora, só ficar perto de um piroso mental. Pessoinhas que ligam muito à roupa e precisam vestir marcas para se sentir seguras. Pessoinhas que não respondem emails. Pessoinhas que têm vergonha da mãe, do pai e dos avós. Pessoinhas que nunca falam no passado, com medo de serem descobertas. Name Droppers. Pessoinhas que querem ser o que não são. Pessoinhas invejosas. Pessoinhas que não gostam de ouvir a sua história, ou que gostariam mais de ouvir a sua história se você se chamasse Pardadela de Abreu. Pessoinhas que não lêem, ou só lêem “coisas complicadotas como Walser”. Pessoinhas que gostaram da nouvelle cuisine e hoje são loucas por cozinha molecular, aquelas merdas em copinhos que nunca se sabe se é para comer à colher ou beber, mas não sabem o que é um arrozinho de tomate. Pessoinhas que moralizam muito. Pessoinhas muito politicamente correctas. Pessoinhas que andam na moda. E pessoinhas que acham que fazem tudo certo, raramente têm dúvidas e nunca se enganam. Pessoinhas que acham que vão apodrecer melhor que os outros: a cheirar a Chanel 5 ou a um perfume qualquer que compraram no Duty Free. Aliás o nome de todos os pirosos deveria ser Dutifri.
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