sábado, fevereiro 20

Onde fui muito feliz

As imagens são mais fortes do que as (minhas) banalidades e a dimensão da tragédia não se verbaliza com decência aqui do meu sofá. É tudo muito pequeno perante a desvastação da morte e da natureza. Estes são tempos "to weep and to mourn".
“A Madeira tem plantações de romance, como de bananais e vinha jacquet. A Madeira é um rosal sem rosas de destaque especial, que o relevo vai para as hortênsias. Mas é um rosal pela fragância própria, que até a casca da caneleira perfuma o ar. Toda a espécie de ramos verdes são cheiros em que a rosa se intromete. (…) O jardim, que já nesse tempo a Madeira representava, com os seus bosquetes de cana vieira, com as magnólias gigantes, com as estufas de begónias e de avencas, com as matas de cedros e de louros, parecia-lhe mais do que um ceptro.”*
“Do Funchal trouxe, também, como qualquer viajante que se preze, um ramo de estrelícias, que de chapéus de palha, trazem os turistas e quanto aos barretinhos castanhos dos trajes típicos, a esses, não há judeu que resista. Do Funchal trouxe um ramo de Strelitzia reginae, as flores preferidas de Man Ray.” **
* “Agustina Bessa-Luís – “A corte do Norte”, Lisboa, Ed. Guimarães, 1996 ** “João Miguel Fernandes Jorge - Marca, Festival de Arte Contemporânea, Funchal, 3-9 Setembro 1987”, in “As escadas não têm degraus”, Ed. Livros Cotovia, Janeiro de 1989, pag. 147.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Palavras que reconfortam, muito obrigado.
Cumps.

Duarte Pestana, funchal - Madeira

1:39 da manhã  

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