quarta-feira, agosto 13

Filmes de bicharada

Deve ser coisa de tempo de férias, pois é por esta altura que lá pelas televisões vasculham as prateleiras à procura de ficção de 2ª categoria com tendência para descer. Ontem foi a vez de um filme indizível sobre cobras assassinas de aspecto façanhudo. Qualquer coisa sobre manipulação genética a bem da saúde, com as agências do costume a tentar esconder e a sabotar a situação. Há dias foram formigas devoradoras, com cérebro e tudo. De novo com alterações genéticas derivado de químicos pertencentes a grandes empresas, tipo desbaratização em massa. Na fotografia, o meu herói perante a sua fobia declarada, ou seja, cobras. Por mim, confesso que nem no National Geographic me despertam curiosidade. Alguma má impressão relacionada com a história do "Princepezinho", creio eu.As cobras são sempre más nas fitas e nem sequer se safam nos filmes de animação para crianças. Quem se recorda do "Livro da Selva" sabe como a serpente Kaa enfeitiçava com o olhar hipnótico.
Mas a história do cinema está cheia de bicharada: abelhas, pinguins, tubarões, dinossauros, cães, gatos, ratos, cavalos, elefantes, leões, ursos, baleias, raposas, piranhas, crocodilos, aranhas, porcos, galinhas, golfinhos, etc. Isto sem falar na quantidade de animais mitológicos ou de natureza digital de nomes impronunciáveis que apareceram recentemente com a saga dos Anéis e do Harry Potter, que me recorde.
Não é caso para lhes perguntar que bicho lhes mordeu, mas a verdade é que o cinema também vive de personagens aparentadas com animais, não se tratanto de nenhuma psicopatologia:É mesmo só ficção, como o caso da "Pequena sereia". Depois apareceu o Patrick Duffy disfarçado de homem-peixe (foi de quem me lembrei quando vi o Michel Phelps pela 1ª vez), o homem aranha, o homem-morcego, a catwoman, e outros com hora certa para espetarem as dentuças.
Geralmente, os cães, cavalos, golfinhos e os gatos dos filme são sempre queridinhos, valentes e fofinhos, a quem os humanos querem fazer mal. Os tubarões, as aranhas e todos os rastejantes em geral, são uns devoradores e uns cretinos, só suplantados pelas mandíbulas do Tyrannosaurus rex. Mas de toda a bicharada, só há um de que me recordo a preto e branco, a good friend true ( clicar para ouvir )
Da restante bicharada da minha infância, só me lembro de muitas lágrimas à socopa. Se calhar já não se fazem filmes assim, que podem traumatizar. (Ao meu amigo Paulo Ferrero)

1 Comments:

Blogger Paulo Ferrero said...

Obrigado, Miss Pearls. Olha, ao Phelps, só por ter tido aquele ataque de presunção e água benta aquando da conferência de imprensa, relativizando o bom do Spitz, deitei-o no meu caixote do lixo da geração rasca. Nos tempos de Spitz não havia piscinas fundas, equipamentos a desafiar os princípios de Arquimedes, nem comprimidos a fugir ao rastreio. Naqueles tempos era natação a sério. Phelps é apenas um produto dos tempos que correm ... será clonado muito em breve;-)
Viva 'Raiders of the Lost Ark'. Abaixo a chachada do último Indy.
Bj
Paulo
PS-Outro dia revi «Frantic», talvez o pior filme de Polanski e de Harrison Ford, claro. Ficou-me, como me tinha ficado oportunamente, aquela fabulosa cena da francesa mais eslava do cine dançando ao som da Grace Jones --- que me falta na cdteca, shame on me.

5:38 da tarde  

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