Blog suspenso

Caros leitores, Este blog vai ficar suspenso. Obrigada, M. Isabel

Até breve

Este blog comprometido despede-se assim de Bento XVI. Nunca me esquecerei do seu sorriso, da sobriedade dos seus gestos e da força da sua palavra. Sinto-me privilegiada por ter tido a oportunidade de o ouvir pelos locais que percorreu. A riqueza das suas intervenções deve ser aproveitada pelos católicos para fortalecerem a sua Fé e procurem no silêncio das orações a força para uma intervenção sem medo, informada e solidária, à luz da caridade na verdade.

Como gostaria de ter os meus pais, levados pela estrada sem glória nem justiça, a lerem comigo este breve texto. Também as palavras do Santo Padre servem de apaziguamento e Paz.

Até breve.

Queridos irmãos e irmãs, adorai Cristo Senhor em vossos corações (cf. 1 Ped 3, 15)! Não tenhais medo de falar de Deus e de ostentar sem vergonha os sinais da fé, fazendo resplandecer aos olhos dos vossos contemporâneos a luz de Cristo, tal como a Igreja canta na noite da Vigília Pascal que gera a humanidade como família de Deus. BÊNÇÃO DAS VELAS - ORAÇÃO DO SANTO ROSÁRIO Esplanada do Santuário de Fátima, Quarta-feira, 12 de Maio de 2010

No Porto

D. Manuel Clemente e D. Carlos Azevedo recebem o Santo Padre na sua terra.

Umas palavras de parabéns para este último, coordenador desta visita papal. Bem haja pelo seu esforço.

Intervenções do Santo Padre durante a visita a Portugal

Fotografia DN e excelentes imagens da LUX

Merchandising

A confusão do costume. Este ano abundavam as medalhas com nomes para meninos e meninas. Em contrapartida, eram raras as recordações com a imagem de Bento XVI. A embalagem do rosário que comprei estava mal escrita, cheia de erros e incorrecções: 13 de Majo, assim mesmo. Após esta visita, sugiro que abrandem a produção de medalhas com João Paulo II e façam por recordar este Papa alemão de cabelo branco que trouxe a nós e ao mundo, mensagens oportunas e corajosas.

Viva Bento XVI, o Papa sábio de sorriso tímido

O sal da Terra

São muitas emoções, muito para contar e pouco tempo para escrever. Vou a Fátima pedir pelos meus e também pela saúde de todos os que há anos me acompanham com generosidade neste espaço amarelo. Entretanto, fica o relato da Maria João.

"O discurso de Bento XVI no CCB, ontem de manhã, é um curioso roteiro das relações entre a religião, a cultura, a racionalidade e a história. O seu apelo final (“Fazei coisas belas, tornai as vossas vidas lugares de beleza.”) recupera um ideal iluminista que a modernidade destruiu no meio do ressentimento e do desejo de morte. A humanidade educada no meio do transitório (ou dedicada ao tempo que passa) não compreende o que há de radical nesse incitamento. Porque se trata de um desafio terrível, que só a arte pode traduzir. O resto é obra interior, silenciosa, espantada, individual – e não admite multidões. Bento XVI sabe como é um confronto terrível: “Não tenhais medo de vos confrontar com a primeira e última fonte da beleza”, disse ele. Deus é um relâmpago desconhecido."(Francisco José Viegas)

Bento XVI citou uma passagem do seu discurso no encontro com os artistas, no Vaticano (21 de Novembro de 2007), no qual os convidada a não ter “medo” de se confrontarem “com a fonte primeira e última da beleza, de dialogar com os crentes”.

Discurso do ENCONTRO DO SANTO PADRE COM O MUNDO DA CULTURA-CCB, 12 de Maio O som do que ouvimos e algumas fotografias

(...) Sabemos que não lhe faltam filhos insubmissos e até rebeldes, mas é nos Santos que a Igreja reconhece os seus traços característicos e, precisamente neles, saboreia a sua alegria mais profunda. Irmana-os, a todos, a vontade de encarnar na sua existência o Evangelho, sob o impulso do eterno animador do Povo de Deus que é o Espírito Santo. Fixando os seus Santos, esta Igreja local concluiu justamente que a prioridade pastoral hoje é fazer de cada mulher e homem cristão uma presença irradiante da perspectiva evangélica no meio do mundo, na família, na cultura, na economia, na política. (...) Para isso é preciso voltar a anunciar com vigor e alegria o acontecimento da morte e ressurreição de Cristo, coração do cristianismo, fulcro e sustentáculo da nossa fé, alavanca poderosa das nossas certezas, vento impetuoso que varre qualquer medo e indecisão, qualquer dúvida e cálculo humano"(...)

HOMILIA DO PAPA BENTO XVI Praça Terreiro do Paço de Lisboa, Terça-feira, 11 de Maio de 2010

Boas-vindas

A partir de amanhã, este blog veste-se de amarelo e branco.

Hino Oficial da visita de Bento XVI

Glenn Gould plays William Byrd - Sellinger's Round

Vistas alheias

A série Antes de deitar (No Jansenista)

Também aprecio muito as exigências da CGD para com os pensionistas mais pobres ( no Portugal dos Pequeninos )

E o amigo Miguel: "Incapazes de discutir ideias, os portugueses refugiam-se num consenso de imobilidade, frases feitas e lugares-comuns, abstrações vazias e sem aplicação, tiques de importância e tiques de vitimização. Num país onde todos são importantes, todos reclamam e ninguém dá o exemplo, despreza-se a criatividade, o oferecimento desinteressado é interpretado como trepadorismo, a iniciativa individual um pecado social, a expressão de convicções uma ofensa. É por isso que os portugueses não querem pensar, falam mas não dizem, agregam-se em cachos para se neutralizarem. (...) Como não sabem discutir, ofendem-se com posições contrárias e preferem o corte de relações ao perigo de dar seguimento a desinteligências construtivas. " NO Combustões

Estradas de Sintra

Diário de uma gata enquanto blogger (5)

Olá, cá estou de novo. A patroa está uma madraça, por isso tenho que vir eu até aqui puxar pela cabeça e tentar escrever alguma coisa que não adormeça os leitores que ainda não estiverem entediados com a falta de criatividade que vai neste blog. Pois bem, acabo de chegar do veterinário. Mal vi a caixa onde a madura me queria transportar, fugi para o meu refúgio secreto (não digo qual, porque ela pode passar por aqui), onde me mantive até perto da hora da consulta. Mas depois lembrei-me que tinha sentido há uns tempos uma ligeira comichão no pêlo e temi o pior. De forma que, com algum esforço me enrosquei dentro da malinha de plástico e que seja o que a doutora veterinária quiser.

Cá por casa as coisas andam animadas, consigo dar bons saltos para os lavatórios das casas de banho, a erva gateira é um acepipe delicioso e até a minha dona anda entusiasmada com a visita de um senhor idoso de cabelo branco e trajes compridos. Dizem que é amigos de gatos, e também por isso deve ser boa pessoa. Entretanto vejo-a chegar cansada e desalinhada, quase sem forças para tratar das minhas instalações, mas a custo lá vai fazendo um esforço para se curvar mais uma vez. Os humanos são deveras estranhos. Chegam exaustos de tanto exercício físico e ainda lá voltam uma vez e outra para se cansarem mais ainda.

Na clínica tive oportunidade de conhecer um dogue de Bordeaux ainda bebé (quase do tamanho de um pónei) e uma prima assustadiça encolhida na caixa, todos de boa saúde mas à espera consulta, nós umas aristogatas e o cão, um verdadeiro sangue azul. Eu vou tomar uma vacina para a gripe, ouvia-a dizer. Enquanto esperava para pagar, ouvi outras clientes proprietárias a trocar impressões sobre as maleitas da respectiva bicharada: uma família ia visitar o animal hospitalizado e uma senhora simpática vinha discutir a quimioterapia do gato. Senti-me feliz por estar de saúde e grata pelos cuidados da minha patroa. Vou mesmo fazer um esforço para não deitar as unhas aos sofás italianos que ela tanto estima e deixar os cremes sossegados: há dias em que a casa parece uma zona de combate, queixa-se ela com razão.

Com uma lagrimita no olho fiquei sensibilizada por tanto carinho com os animais meus primos. "Dão-nos os que os humanos não dão", afirmou a dona do grandalhão irrequieto.

Belíssimas histórias etíopes

Lançamento hoje, domingo, dia 9, às 15 horas, na Feira do Livro de Lisboa, Praça Azul, junto ao pavilhão da Tinta-da-China (c09).

O livro é apresentado pela eurodeputada Ana Gomes

Estranhas formas de vida

"(...) imagino que daqui a uns anos Bragança estará servida de bastantes vias de comunicação com o deserto. As auto-estradas farão a navegação entre Bragança, numa ponta (Chaves na outra, com a A24, mas há sempre a esperança de Miranda do Douro, porque pressinto o meu país sedento de progresso rodoviário), e Lisboa noutra. O país beija o asfalto com paixão." No Origem das Espécies "Os portugueses estão rendidos ao neofrugalismo», diz o Público. O que é o neofrugalismo? (...) O «neofrugalismo» é, realmente, o modo como vivem os povos do Norte da Europa, muito longe dos padrões de consumo norte-americano — e, convenhamos, português nas últimas décadas. Ir ao restaurante uma vez por semana, ou menos; pensar bem antes de entrar numa loja de electrodomésticos, fazer contas antes de imaginar o novo computador, não acumular objectos desnecessários, jantar em casa — aquilo que o «neofrugalismo» propõe é, antes de mais, um modo de vida de país desenvolvido. (...) A chamada mediocridade nórdica (...)tem a ver com isto: consumir menos, sujar pouco, contentar-se com a modéstia, produzir melhor. É um modo de vida que não pode ser confundido apenas com o «neofrugalismo», ou seja, como uma tendência irremediável de consumo. Menos iPods por ano, menos carros, menos desperdício, saber cozinhar, aproveitar o tempo para ler, menos idas ao cinema, etc.; ou seja, estar menos dependente, viver de acordo com as possibilidades. No Origem das Espécies Fotog de Copenhaga: Massa Crítica

Daily Mail

Um outro eléctrico é possível

"O tenista suíço Roger Federer, que está em Lisboa para disputar o Estoril Open, conduziu ontem um eléctrico de serviço público, dando um bom exemplo do uso de transpores públicos na nossa cidade.

O jornal Metro chamou-lhe Fed Express!"

(Menos um carro)

Da boçalidade

dos (alguns) portugueses numa só imagem: um desenrascado, gente perigosa anti-social, deixa o carro onde calha. Resultado, 8 eléctricos parados. No Cidadania LX

Cerejas