quarta-feira, agosto 18

Escrita calórica

A propósito da tolinha lei do sal e de sermos bombardeados com tanta informação sobre alimentos prejudiciais à saúde, recordo hoje um programa que vi há dias numa televisão onde uma senhora dava inúmeros conselhos sobre alimentos bons (leia-se saudáveis) para levar à praia.
Assegurava ela que ninguém passa fome com as sugestões apresentadas e, a avaliar pelo conteúdo do farnel, as geleiras eram perfeitamente dispensáveis, cabendo tudo numa modesta embalagem tipo caixa de costura. Parece que aquele pitéu fazia as alegrias da pequenada e a cobiça dos progenitores, tudo encantado com a vida saudável num dia de praia.
Não me recordo de todas as sugestões, mas era mais ou menos na base do produto liofilizado, do tomate cherry, sementes tipo periquito, um ou outro fruto seco, e eis que toda a família lambia os beiços, satisfeita e de estômago cheio.
Nunca nego à partida uma ciência que desconheço, mas não estou a ver uma criança suplicar por um miolo de noz ou a minha geleira recheada de pacotes de banana liofilizada. Suponho que deste saboroso menú não faltaria a simpática saladinha ou a desejável frutinha, produtos que saem muito nesta altura do ano, sobretudo nas páginas das revistas.
Acredito que a senhora estará cheia de piedosas intenções, mas ao 2º dia de férias, a (minha) contabilidade calórica não é aconselhável. No entanto, é de comer e suspirar por mais.
(Já agora, tanta legislação e é levantar o olhos daqui de onde me encontro para deparar com enormes construções na falésia; em contrapartida, o bar dos gelados esteve fechado por falta de licença depois de terem sido pagas mil e uma taxas que mil e uma instituições receberam sem pestanejar).

1 Comments:

Blogger Ruben Correia said...

As da Baía são efectivamente uma óptima escolha. Ou um gelado mais à frente, no Puzzle, também não é de desaproveitar.

Cumprimentos caldenses!

11:26 da tarde  

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