Vai ser lançado no próximo dia 17, na Fundação Mário Soares, o livro “Liberdade sem Dogma” sobre Sottomayor Cardia, organizado por Carlos Leone e Manuela Rêgo (Ed. Tinta da China), obra na qual tive uma pequena colaboração enquanto amiga da família, em particular da Luisa, sua mulher, a quem muito estimo e respeito.
Na mesma ocasião serão também apresentados os livros Racionalismo e Consciência Metodológica, de Sottomayor Cardia e O Essencial sobre Sottomayor Cardia , de Carlos Leone (ambos INCM, Lisboa, 2007).
10 Comments:
Que saudades do ano propedeutico, do numerus clausus e do serviço civico. O PREC em todo o seu esplendor e a origem de muitos graves problemas da educação em Portugal.
Não o desminto Jorge Lopes.
E o desaparecimento do ensino técnico e comercial provavelmente pelos melhores motivos, mas que se veio a revelar desastroso para o país.
Ainda está por fazer a história do ensino em Portugal nesse período. Mas o livro que vai lançado não trata disso.
Trata-se de uma homenagem a um homem com uma inteligência brilhante, que soube ser livre e ter uma voz crítica no partido a que pertenceu.
Vozes livres, esclarecidas, informadas, cultas, fazem sempre muita falta. Mesmo que não concordemos com elas.
Não discordo da homenagem ser merecida. Mas (isto é tãoo portugues...) quando se trata de falar das pessoas e do seu trabalho e se isso é motivo de discussão, rebate-se sempre com o clássico argumento "Faz muita falta...) e assim podemos diluir toda a acção num nevoeiro de saudade.
Boa homenagem.
Olá Isabel
Não desmente, mas devia... as medidas do Cardia puseram fim ao PREC, não foram parte dele. Essas três e outras, como ensino politécnico, que era a evoução natural do ensino comercial, e que só depois de Cardia foi desvirtuada numa universidade-de-segunda que é desde há muito.
Mas estamos de acordo, o livro não é sobre a história do ensino, e uma homenagem a uma voz livre como a do Cardia (que não confundia liberdade com mentiras tonitruantes) é pelo menos uma curiosidade hoje em dia, muito estranha para muita gente, já se sabia e comprova-se pelo pouco que tenho lido.
Até logo
CL
O Carlos antecipou-se porque eu queria aqui fazer uma correcção ao meu primeiro comentário.
De facto, as medidas do Mário puseram fim ao PREC estudantil, o que lhe valeu muitos anti-corpos e uma imensa contestação.
Estivemos a falar nisso e todos se lembram das críticas às medidas dele e do improtante papel que ele teve nessa altura.
Quanto à voz livre de Cardia, citado há pouco tempo por Manuel Alegre, faz falta sim.
ATé logo
isso das mentiras trovejadoras é comigo? Devo ficar caladinho ou se calhar não devo comentar post em blogs? Nada do que disse é mentira e o ensino politecnico nunca foi uma evoução natural do ensino comercial, mas sim uma universidade de segunda que atribuia graus académicos tal como as universidades de primeira. Foi um esquema para livertar as universidades do excesso de alunos em poucos cursos.
Qaunto à voz livre, não percebo porquê tanto banzé. Cada um responde por si e pela sua consciencia. Ser livre e pensar livre não deve ser motivo de homenagem, deve ser reflectido nos actos diariamente. Se acham que certos partidos não tem vozes livres não votem neles e não perpetuem o mesmo sistema.
Devo realcar que não quero de modo nenhum por em causa as virtudes de Cardia, mas simplesmente falara dos seus actos como pessoa politica.
Mais uma vez desejo uma boa homenagem.
Caro Jorge Lopes,
Conheci muito mal o Mário Cardia, mas pelo que ouvi falar dele, acho que gostaria imenso de discutir consigo.
Creio que ele gostava imenso de uma boa discussão bem preparada.
"Devo ficar caladinho ou se calhar não devo comentar post em blogs?"
Não, claro que não. Principalmente porque estamos a falar de Cardia, um homem que sempre escreveu sobre decisões ou assuntos sobre os quais não concordava ou os que queria defender.
Ñão, a voz trovejadora não é consigo, é para assinalar a diferença do homenageado face às polémicas de hoje (tipo VPV/MST) e de sempre.
Quanto ao resto, vejo que não sabe o que diz sobre o ensino politécnico e o papel do Cardia nele, mas isso é fácil de remediar, até já havia fontes antes do livro de homenagem. A pessoa política e a voz livre foram bem homenageadas ontem, sim.
Agradeço pois a sua lição sobre o belo ensino politecnico e as suas nobres fundações e fico á espera dessas fontes. Ainda bem que a homenagem correu bem. Só estranho ter sido apresentada por essa voz livre e impoluta: Dr. Almeida Santos.
Tudo bem em relação à liberdade. Mas a verdade é que eles (os da Fundação e os do Rato) fazem parte dum clube de faca e alguidar com aventais à mistura, que já hipotecaram a liberdade há muito tempo e agora só sabem medalhar-se em tempo de memória. O país não precisa deste tipo de heróis, mas sim de pessoas que lutem pela liberdade do nosso povo e o direito a sermos felizes num tempo de excessos anti-democráticos como os que percorrem o actual governo.
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