quinta-feira, julho 19

Investigação a olhómetro

É definitivo. Não pedi opiniões, não li nada sobre o assunto, não me deixei influenciar ou sugestionar. Se bem que ninguém me tenha pedido para responder a nenhum inquérito, a silly season serve para muito e serve também para eu eleger o meu agente CSI favorito e a minha série favorita: o Chefe Grissom e a CSI Las Vegas. Explico tudo: não se trata de um rapazolas atrevido, pelo contrário, usa óculos, tem cabelos brancos e problemas graves de audição, que lhe conferem a vulnerabilidade de ser humano e não de estrela da investigação forense. Tem um estido metódico, científico e um estranho sentido de humor. É perspicaz e nunca pára de nos surpreender com os resultados da sua tenacidade com o trabalho científico. Parece haver uma tensão amorosa com a agente Sara, mas até ao momento, são só pequenos sinais, tudo undercover e com o maior recato. Ao contrário das outras séries, há tricas, discussões e lutas pelo poder, em particular com a loura e pouco simpática Marg Helgenberger. Existem, claro advogados chatos e MP's ambiciosos, mas isso há em todas as séries. Os restantes elementos da equipa são competentes e têm em comum um passado problemático (jogo, alcool e strip tease). Parece-me que existe um rapaz um nadinha despenteado mas que acaba por conferir algum exotismo aos cenários assépticos do laboratório. Até o patologista parece encaixar bem naquela equipa. De longe, a minha série preferida.
A série CSI NY é um bocado maçadora. Os personagens, alguns deles igualmente com um passado de violência e perda, são demasiado stylish para o meu gosto. Parecem ter saído de revistas, aparentam pouca naturalidade e as meninas são produzidas em excesso. Mas se calhar sou eu que estou com má vontade.
Tenho estado a poupar os epítetos nada agradáveis para o CSI Miamis. À excepção dos cenários maravilhosos e de uma realização impecável, por incrível que pareça, o que me irrita mais nesta série, além do chefe ruivo sempre de semblante carregado e ar de poucos amigos, são as vozinhas das meninas. Havia lá um rapaz corajoso com ar meio bronco, de que eu gostava, mas parece que o director lhe deu um tiro e foi sustituído. Safa-se o moreno, mas não chega para me fazer esperar até à uma da manhã ou controlar a programação do AXN.
Mas já chega de ADN, pedaços de ossos, balas perfuradas, fios de alcatifa, bocados de papel e mistelas de laboratório.
Caros leitores, as minhas férias ainda tardam. Silly ou não, é isto que me ocorre. Lá mais para o meio do próximo mês, sairão posts cor de sépia, assim o permita o sol da minha praia.

12 Comments:

Blogger JC said...

Nunca consegui ver mais de 5' de qualquer CSI, e sou seguidor fiel de séries inglesas do mesmo género (acho são do mesmo género), que em Portugal não têm popularidade semelhante ou são desconhecidas, que acho excelentes: "Waking the Dead" e "Silent Witness". Leitore(a)s de Miss Pearls: alguém me dá uma boa razão para este comportamento, pelos vistos, disfuncional? Caso contrário, irei a correr consultar o Dr. Segismundo

12:24 da tarde  
Blogger Clara said...

Não, aquele ruivo é demais, sempre com uma conversa altamente moralizante, não há pachorra. O meu preferido é o mesmo, Las Vegas, são todos infinitamente superiores aos outros personagens.

5:36 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Gosto do Chefe Grissom. As suas idiossincrasias deixam-me deliciada.
Vi alguns episódios do CSI NY e Miami e cheguei à conclusão que só quero ver o CSI Las Vegas. Mas vai daí que a tv tem esta tendência de ir repetindo até aparecer os novos episódios o que acho uma grande maçada porque todas as vezes que me sentava pensando que ia ver um episódio novo....e lá me aparecia um que já tinha visto. Desisti e esqueci-me da serie, horário e coisa e tal e quando dou por mim estou a ver um episódio novo mas aquela vontade e entusiamo que tinha para ver um episódio do CSI desvaneceu-se...e só tenho a agradecer à televisão portuguesa por tamanha façanha!

(isto para já não falar do que se está a passar com a serie "Anatomia de Gray". Uma vergonha!)

1:33 da manhã  
Blogger definitivo said...

Em definitivo - como não podia deixar de ser -, também esta é a minha série das TVs. Depois de "Carnivalli", depois de "Sopranos", depois de "Dr. House", o "CSI" do Grissom, é a série que me resta. Está longe das que mencionei mas, das diversas que há por aí nas Televisões, foi esta que me despertou mais motivos de interesse. Desde logo pela sobriedade da série: sem aqueles "histerismos" próprios da maior parte dos actores novos (no ofício e no BI) a quem, por serem "bonitos", lhes é dado um quinhão de protagonismo demasiado grande, que depois se vem a reflectir negativamente na série, descredibilizando-a.
Depois, detesto tiques, trejeitos, "modismos", carismas artificiais...

Carisma... É por isso que eu não gosto do ruivo - se ao menos fosse o peixe - de Miami: todo "estiloso" e tal, sempre com aquele semblante "olhem para mim, reparem neste meu modo peculiar de olhar para as pessoas, de lado, nunca de frente, como deve ser, que me dá um charme irresistível e um carisma inultrapassável!".
A este ruivo - tudo seria diferente se de facto fosse o peixe -, comparo-o aos "heróis" do género, Van Damme, Stallone, Chuck Norris, ou o intragável Steven Seagal. Todos têm uma coisa em comum: o carisma fingido. E quem carisma finge... idiota parece.

No CSI Las Vegas, tudo é mais... normal. Mais natural. Menos... polido. Daí, o carisma da série. Porque nada parece a fingir, porque tudo parece natural - incluindo as pessoas.

Havia há uns anos uma série exemplar, que explica bem o conceito do que é ser natural e do que é ser normal: estou a falar do "Columbo", com o inconfundível Peter Falk, um dos mais (para mim, o mais) carismáticos polícias de sempre das séries de TVs.
E como é que ele era?... Era difícil apanha-lo sem um cigarro na mão; a "farda" era uma velha gabardina, suja e enrugada, que fazia questão de não despir; o carro dele era um Peugeot a cair de velho; o seu modo de actuar mais parecia um curioso que andava por ali nas redondezas do crime, tipo "voyeur", enquanto ia fazendo perguntas às pessoas, com modos desconexos, desajeitados, fingindo-se distraído a maioria das vezes. Ah! e, para dar um toque de classe à coisa, era... zarolho.
A melhor série policial alguma vez feita para televisão: "Columbo". E eu que até tenho a série toda - para televisão - do Sherlock Holmes...

O que vale, Miss Pearls, é que estão a chegar "Os Sopranos".

Abraço.

Sousa

4:02 da manhã  
Blogger Alexandra said...

Isabel
Aquele "look" dramático de Horatio (David Caruso)tem sido parodiado por muitos, inclusive pelos colegas.
Delicie-se com a versão do Jim Carrey em (mas onde havi de ser?!) http://uk.youtube.com/watch?v=glvGfQnx3DI.

11:20 da manhã  
Blogger Rui MCB said...

Isabel,
Somos almas gémea de CSI! Assino por baixo tudo, tudo, tudo. É mesmo assim :-)

1:02 da manhã  
Blogger M Isabel G said...

Olá Rui
Acho aquela Marg um pouco empertigada, mas até lhe dá graça para não parecer lambebotismo :)

JC
Olhe, ás vezes dou por mim a ver o mesmo episódio porque tinha perdido o início .
Quem vê a série com "devoção" sabe que à semelhança dos detectives, nunca se deve tomar nada for granted. Isso´dá algum suspense.
Mas é uma excelente série.

Deviam fazer uma Série CSI nas portas dos prédios para se saber a quem pertence a porcaria e deixá-la nas respectivas portas.

1:14 da manhã  
Blogger M Isabel G said...

Patricia
A ANATOMIA DE GREY é uma vergonha. Nunca sei a que horas dá.

Clara,
Ai que já me sinto mal de tanto cascar no homem ruivo.
Mas é uma irritação objectiva :) :)

Definitivo
Lembro-me bem do COlombo
Sempre achei que o homem não tomava banho e que usava camisas sujas, mas a senhora COlombo era uma esposa muito dedicada.(acho que nunca apareceu)
A gabardine é que era um nojo

1:17 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Finalmente,alguém que concorda comigo!

O mais fascinante no CSI LV é exactamente a complexidade das personagens: Nick,o mais sensível e aquele que consegue ir além dos resultados do laboratório,Warrick e a sua falsa "coolness", Sara tentando explicar o mundo através da ciência,Catherine ( adoro esta personagem!)pensando que tem de lidar com tudo sozinha e ,claro,Gil e a sua tendência para a femme fatale ( Lady Heather, aquela criminosa que parecia uma vampira,etc).

CSI:NY,tal como disseste,são demasiado estilizadas,muito plastificadas e incapazes de pensar algo mais ousado,ao contrário do que se passa no CSI:LV.

Realmente,a variante Miami apresenta belos cenãrios,mas eu nem me consigo lembrar dos episódios!

9:28 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pois a minha favorira é, de longe, a de Miami, querida Isabel! E adooooro a canastrice do David Caruso, com aquele seu ângulo de 60 graus à banda. Muito giro! E os barcos e carros e casas também são melhores.


:)

beijinhos e boas férias!

12:57 da tarde  
Blogger M Isabel G said...

BArcos, praias, pôr do sol, casas, paiagens, amiga Sofia, nada a dizer: um deslumbramento.
mas já o senhor ruivo de óculos escuros, encanita-me.! O que queres ???:)
Beijinho e boas férias para ti e para os teus.

9:41 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não podia estar mais de acordo. Grissom SEMPRE! Não venham cá com Horácios lol Grissom é insubstituivel

3:14 da tarde  

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