segunda-feira, junho 11

Rua abaixo, rua acima

Admiro quem vai à Feira do Livro e consegue comprar obras que lhe interessam e ainda por cima a bons preços. Bem vi a Arte Popular que bem me interessava, mas duzentos euros é complicado e sempre se pode ler de borla. Talvez um dia. Todos os anos é o mesmo: não tenho jeito nenhum para a Feira do Livro. Ontem, quando finalmente pensava ter encontrado uma verdadeira pechincha na compra de livros policiais, verifiquei que dois deles já os tinha lido: editoras diferentes, capas diferentes mas as mesmas ruivas assassinadas e os mesmos suspeitos de homicídio. A biblioteca do meu bairro agradece, reconhecida.
Naturalmente, a feira está cheia de livros que nunca irei comprar: esoterismo, massagens, exercícios de relaxamento, dietas, romances com códices e capas "profusamente ilustradas", gestão de empresas, medicinas naturais e outras coisas mais. Andam por lá os livros e até os autores, pequenos ódios de estimação, por vezes sem razão aparente e outras por desconhecimento ou mesmo por ignorância. São as más ideias, nos livros como na vida.
Este ano, ainda não ouvi falar da feira, se vendeu bem ou não, se foi êxito ou fracasso, as ladaínhas do costume. Eu gosto da feira, gosto do sobe e desce, do calor, da conversa com os amigos, de me cruzar com desconhecidos, de trocar palavras com conhecidos e da proximidade dos autores. Não gosto do aspecto "pobrezinho", mas bem sei que isto não é S. Paulo. De resto, há livros e mais livros, muitos autores e muitos preços. Amanhã, será de novo um triste Parque.
Será que aquele cavalheiro hesitante chegaria a comprar o "clássico" plastificado a dois euros e meio? As ilustrações da capa pareceram-me fraquinhas (o homem seria nórdico e a mulher indiana, ou vice-versa?), mas o preço era bem razoável.

4 Comments:

Blogger CAP CRÉUS said...

Também gosto muito do sobe e desce, do calor, de ver as pessoas..não gosto é da dificuldade que se tem ém tentar ver os livros, acho as barracas pouco práticas.
Quanto à tristeza em que vai ficar o parque, toda a razão!

2:11 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Achava a feira bem mais simpática quando era na Avenida.
Gosto imenso do seu tão descansado, calmo, óptimo sentido de humor.

7:03 da tarde  
Blogger M Isabel G said...

CAP,
Triste é favor. Fica deserto de dia e assaltado de noite.

Anónimo
Obrigada :)

7:24 da tarde  
Blogger definitivo said...

"Será que aquele cavalheiro hesitante chegaria a comprar o "clássico" plastificado a dois euros e meio? As ilustrações da capa pareceram-me fraquinhas (o homem seria nórdico e a mulher indiana, ou vice-versa?), mas o preço era bem razoável."

Com isto, quando chegar à cama, tenho a impressão que vou ouvir: "estás a rir-te de quê?"

Então, essa do "nórdico e a mulher indiana, ou vice-versa", não lembra ao diabo.

Como o reclame, perfeito.

3:04 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home

eXTReMe Tracker