segunda-feira, maio 21

O aprendiz

De Cannes, Eurico de Barros sobre o filme The 11th Hour: "Leonardo Di Caprio quer salvar o planeta Terra". A inquietação com o estado do planeta Terra e após ter visto a luz através das palavras de Al Gore que o alertou para os problemas do ambiente, levou DiCaprio a "tentar viver de maneira verde" e a produzir filmes para "avisar as pessoas". Vai daí, produziu e narrou o documentário que brevemente chegará a Portugal, The 11th Hour.
Aliás, mesmo que Uma Verdade Inconveniente nunca tivesse existido, The 11th Hour continuaria a ser chato, repetitivo e dolorosamente ridículo, parte manifesto catastrofista de carregar pela boca, parte trabalho de casa liceal com apoio multimedia sobre os horrores da poluição, parte tempo de antena verde idílico, e parte palestra new age, ilustrado com imagens de arquivo familiares de programas de TV sobre o mesmo tema.
O filme inclui depoimentos de "peritos" que actor e realizadoras recrutaram para lhe darem credibilidade científica e capital de seriedade. Mas uma coisa é pedir a opinião a Stephen Hawking ou a directores da National Geographic Society e da NASA, a outra é pô-los ao mesmo nível de xamãs índios, de tontos que pedem "direitos para a Natureza" e "ética para as árvores", ou de fabricantes de roupa ecológica que estacionaram o cérebro nos anos 70 e dizem que para salvar a Terra do desastre ambiental basta dar-lhe "muito amor". The 11th Hour não passa de poluição cinematográfica sobre a causa da moda em Hollywood.

2 Comments:

Blogger definitivo said...

Crítica miserável. Esta bola redonda onde defecamos todos os dias os restos dos nossos exageros; onde aliviamos a bexiga das nossas impurezas interiores; onde fazemos corridas de 200 à hora, para chegarmos em 1º ao café que fica a 500 metros e onde já não encontramos sítio para estacionar, porque os outros 100 carros vieram a 300; onde fazemos dos nossos rios uma corrente publicitária à causa gay, porque hoje a água está verde, amanhã estará azul, ontem esteve lilás o dia todo e, depois de amanhã, sabe-se lá, talvez vá ser rosa com pintinhas de anil; onde os "sprays" - já os usamos de marcas diferentes em cada axila - invadiram a cozinha, para nos servirem a sopa numa lata de 100 ml e que dará para a família toda; onde, pouco falta, não será necessário ir buscar gelo ao frigorífico para pôr no whisky, porque teremos um bocado do Polo Norte a entrar-nos pela porta dentro...

"The 11th Hour não passa de poluição cinematográfica sobre a causa da moda em Hollywood."

Moda, Sr. Eurico de Barros???!!!...

Vá lá, entre nesta "moda" e contribua também o Sr. para a despoluição deste planeta, bastando para isso que não escreva mais artigos(?) deste teor. Não gastaria um tostão com isso. Ao contrário do Leonardo DiCaprio, que gastou milhões a promover uma causa que devia competir aos governos.

Louve-o. Merece-o mais neste documentário do que em todos os filmes em que já participou. Nesses, o Sr. viu-lhe méritos.


PS: nas minhas axilas, uso roll-on. Em ambas... a mesma marca. Ah! nunca cuspo para o chão e, muito menos... para o ar.

4:19 da manhã  
Blogger M Isabel G said...

Caro Definitivo,
A semelhança do Eurico,confesso que tenho uma repelência muito especial pelas causas das estrelas.

Mas se o filme servir para melhorar o planeta, o que duvido, acho maravilhoso.

12:35 da tarde  

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