Sorria à vontade: não está a ser filmado
O Pedro Correia, meu caro colega num outro blog (que também é meu um bocadinho), tem vindo a relembrar os 50 anos da RTP. No último post escreveu um texto lindo sobre o Skippy, de que só alguns (os mais sábios) se devem lembrar. Ele não se há-de importar que o transcreva:
"Sempre gostei de séries com animais. A minha infância esteve cheia delas. Lembro-me: havia um golfinho chamado Flipper, um leão chamado Daktari, um cavalo negro chamado Fúria, até um urso pardo chamado Gentle Giant. Mas, entre as séries que a RTP exibia nas tardes de fim de semana, nenhuma me seduziu tanto como esta - produzida entre 1966 e 1968 pela CTVA australiana - que tinha um canguru como personagem principal. Chamava-se Skippy, este marsupial que seguia o jovem dono como se fosse um cão. Foi quanto bastou para sentir uma vontade enorme de ter também um bicho destes. O problema é que cangurus livres como o vento só existem na Austrália - talvez por isso os do Jardim Zoológico de Lisboa nunca me despertaram interesse. Se não podiam vir eles cá, fui eu lá. Um dia, nos arredores de Darwin, já a cidade cedera lugar à savana, aconteceu um momento mágico: um canguru veio ao meu encontro. Lá estava ele - o "meu" Skippy. Demorou-se só o tempo necessário para lhe disparar uma fotografia e logo me virou as costas, indo à sua vida. Mas bastou este momento para justificar a minha deslocação à Austrália. Ainda hoje penso nisto. E logo me vêm à memória os versos do tema musical da série: "Skippy, Skippy, Skippy the bush kangaroo / Skippy, Skippy, Skippy a good friend true."
Desconfio que não preciso de procurar mais: o meu Rosebud é mesmo este."
E eu deixo só a música. Sorria à vontade.
9 Comments:
Vim deixar-te um abraço de parabéns pelo "Primeiro Prémio do Melhor Blog de Cultura de 2006" onde foste nomeada. Parabéns.
Ver aqui:
http://famafest06.blogspot.com/
Bj ;)
Muito obrigada :)
Gostei muito de ser citado por si, Maria Isabel. Beijo. (e parabéns pela nomeação)
Miss Pearls, o Pedro Correia veio fazer-me justiça, senão repare:
"Tocou-me no ponto fraco ao lembrar o canguru.
Eu não perdia uma do Skypy!
Nas tardes de sábado."
Isto disse eu quando se falou em "Rexes", em "Maxes", em "Lassies", Rin tins tins e afins, num dos seus posts anteriores.
"...um texto lindo sobre o Skippy, de que só alguns (os mais sábios) se devem lembrar."
Agora sou eu que agradeço, Miss Pearls - mas o caso não era pra tanto.
CAro definitivo.
Somos todos um nadinha sábios: eu, o Pedro e o caro leitor:)
Pedro,
Eu é que agradeço a viagem à Suécia. Tenho mesmo que lá ir.
Um grande beijinho
"Somos todos um nadinha sábios: eu, o Pedro e o caro leitor:)"
Ainda me lembro da sua entrevista - tenho-a - dada ao Pedro Rolo Duarte, Miss Pearls.
A modéstia fica-lhe tão bem.
Aposto que não se põe em bicos de pés - embora gaste mais em capas -, como se usa tanto por aí.
Isto é uma preciosidade!
Não só sorri à vontade como enchi os pulmões e cantei...desafinada, mas cantei. É caso para dizer que tenho queda, mas não tenho espaço.
Ai...Skippy, Skippy, Skippy the bush kangaroo / Skippy, Skippy, Skippy a good friend true.
Pequena correcção: o leão do «Daktari» chamava-se Clarence e era vesgo. Daktari quer dizer doutor em swahili. Eu também via essa série quando era miúdo e tive o Land-Rover e tudo.
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