terça-feira, março 13

Histórias de encantar


Não há volta a dar. A publicidade está por todo o lado: na televisão, nas revistas, na caixa de correio, na rádio e mais recentemente, via telefone. Uma pessoa está fora de casa meia dúzia de dias e não obstante ter um auto-colante na caixa de correio a proibir publicidade, é o suficiente para encontrar no regresso folhetos de toda a espécie. Uma coisa boa é o caixote do lixo que o condomínio mandou instalar, mas há quem seja adepta das promoções dos supermercados, principalmente nos dias em que o peixe é mais barato. Confesso algum ressentimento contra estes folhetos: das duas vezes que tentei aproveitar alguma promoção fantástica, já estava tudo absolutamente esgotado.
De resto, acho que sou uma mulher fraca e uma consumista forte: compra-se o iogurte com bom aspecto na esperança de se ficar parecida com a miúda gira da banheira de espuma e aquele detergente maravilhoso na expectativa de que ele lave a louça sozinho.
Tudo normal, aliás. Lembro-me sempre da senhora (bastante) anafada que encontrei no Verão passado na farmácia da minha praia, a comprar uma bisnaguinha do último creme adelgaçante que a Claudia Schiffer estava a promover.

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Imagina estar fora de casa há 1 mês e aceitar habitualment toda a publicidade. Alguém anda numa roda viva a guardar folhetos e jornais de toda a casta e feitio.
Esqueci algo em S. Martinho? No capítulo produtos de beleza só me lembro da tinta de cabelo perdida no tempo que me queimou a hirsuta cabeleira da época.

8:56 da tarde  
Blogger Jansenista said...

Acordando da travessia onírica das Ilhas Flamengas (pérolas no Oceano) para resvalar no atordoamento do consumismo? A vida é sonho?

11:37 da manhã  
Blogger M Isabel G said...

Querida Belita
Todas nos nos lembramos da famosa tinta para o cabelo e do banho de espuma do detergente da máquina da roupa :)

Atordoamento consumista vinda do paraíso, caro Jansenista.

3:14 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Já estou pronta para admitir que a sua viagem aos Açores me deixou completamente desassossegada.

Eu não conheço nenhuma das ilhas, o que por si só me deixou com vontade de lá ir.
As suas fotos deixaram-me com comichão no céu da boca e a minha imaginação já parecia a de um galgo...

Delicioso é saber e sentir, através dos seus posts, que há pérolas espalhadas por este nosso país.
Deve ser único ser recebida por tamanha verdade, carinho, atenção...polvilhado com a natureza a rebentar pelas costuras....
É realmente de tirar a respiração

Que bom este meu desassossego.
Bem haja, Miss Pearls

6:19 da tarde  
Blogger Goiaoia said...

Isto é qu'é: meter o carro à frente dos bois.

6:47 da tarde  
Blogger M Isabel G said...

Uma ilha fantástica Patricia , com pessoas maravilhosas, mas não sei se gostaria de lá viver. Não sei se me habituaria.

12:57 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Talvez entenda essa sua dúvida até porque vivi 12 meses na Madeira, mais propriamente no Funchal.
As pessoas também são maravilhosas e é uma cidade com uma vida social e nocturna mais intensa que nos Açores (dizem), mas confesso que passado um mês estava a rebentar pelas costuras.

Tive uma sensação de aprisionamento, de limitação a pesar de vir a Lisboa pelo menos duas vezes por mês.
As pessoas conhecem as idiossincrasias umas das outras.
Eu diria que é claustrofóbico.
A motivação, a imaginação e o querer ficam aquém daquilo que temos como sendo nosso.

Contudo tive experiências muito agradáveis e mantenho contacto com pessoas enrequecedoras na forma como sentem a vida.

2:07 da manhã  

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