Túmulo a papel selado
Confesso que estava muito entusiasmada com a abertura do túmulo de D. Afonso Henriques. Os vários biógrafos do nosso primeiro rei (J. Hermano Saraiva, Oliveira Marques e Freitas do Amaral) são unânimes em descrevê-lo como um "homem grande e forte", existindo porém diversas discrepâncias relativamente à altura. Como refere o artigo, estes atributos poderiam caracterizar a sua personalidade ou descrever a sua compleição física.
Este primeiro estudo seria muito interessante e inovador, recorrendo a novas tecnologias que permitem a reconstituição do perfil biológico de D. Afonso Henriques, à semelhança do que se faz há muito tempo em numerosos estudos antropológicos por diversas universidades americanas e europeias. Tive a oportunidade de conhecer um destes laboratórios e alguns dos seus investigadores (antropólogos e arqueólogos) e trata-se de um estudo deveras fascinante. É profundamente lamentável que a desgraçada da burocracia portuguesa constitua um obstáculo até ao conhecimento científico.
(Ouvi no telejornal o Presidente do IPPAR assumir todas as culpas desta lamentável situação, por não ter seguido os trâmites que o Estado exige, provavelmente mandar cinquenta fax, efectuar 15 reuniões, pedir 20 pareceres, reconhcer 10 assinaturas, etc, etc.)
O mais certo é o JCD ter razão:" Simplex Rex - Claro que não se podia abrir o túmulo do rei. Faltava a certidão de óbito e a autorização da esposa, com cópia autenticada no notário. Parece que ela era francesa, vai ser preciso pôr a apostilha no consulado, certamente. E esqueceram-se de avisar o Instituto de Medicina Legal. Inacreditável"
3 Comments:
E eu que estava tão curioso em conhecer o perfil psicológico do desastrado que fundou este desgraçado e inviável país...
Inacreditável, de facto, esta atitude do senhor do IPPAR.
Bom post.
se calhar não está lá!!!
Enviar um comentário
<< Home