(O decote nada tem a ver com o post)

Está bom tempo em todo o país, sol quente, um céu limpo, transparente e azul. Em todo o país? Não. Algures numa praia portuguesa, nuvens cinzentas perseguem os índigenas e os turistas ocasionais. Passam por nós autocarros e automóveis de mulheres vestidas de verde, amarelo e vermelho, cabelo e caras pintadas a preceito. Pelo caminho, que percorrem a grande velocidade e em força, e porque a devoção à Pátria tem sede própria no Jamor, nos treinos em Évora, nos campos de futebol alemães e no merchandising de um hipermercado, vão atirando das janelas ora uma garrafita de água, ora restos de fruta. E eu, que também sou um nadinha monárquica pelo lado do Astro Rei, por quem tenho um especial cuidado, acho que isto não vai nada bem pelos caminhos de Portugal. Entretanto, deixa-me voltar para o meu ponto de cruz enquanto não abre o sol.