domingo, fevereiro 6

Ficção e pés de flor

"Para onde vais essa?", perguntava o cavalheiro à sua senhora, à medida que ela ia escolhendo um ramo de flores artificiais.
"E essa, quanto custa?" interrogando de novo a mulher que ia debicando a caixa, hesitando entre uma rosa branca e uma tulipa.
"Mas dessa cor já temos. Porque não escolhes outra?" e por aí adiante lá ia o metediço dando palpites, sugestões, baralhando a criatura que, calmamente, ia cedendo às "sugestões" do maduro. "Devem ser muitos anos disto", pensou a cliente jovem também abeirada do cesto.
Foi assim que a senhora compôs o ramalhete (indescritível, por sinal) questionada por cada pé de flor que ia colocando nos braços. Encostado ao carrinho, o abelhudo especialista em arranjos florais terá ficado satisfeito com as opções tomadas (por ele). "Se é assim com um gerânio, imagina-se como será com o resto; Deus deu-me uma cruz por vezes bem difícil de levar, mas felizmente poupou-me a um trambolho destes" pensou a  jovem, afastando-se enfastiada.

1 Comments:

Blogger estouparaaquivirada said...

No Hiper, muitas vezes enquanto estou procurando as minhas opções nas prateleiras, chega-me aos ouvidos esta frase que me IRRRRRITA..
" para que é que tu queres isso???", olho e lá está um senhor espantado porque Ela quer por exemplo um amaciador....:)))
Disto também tenho estado livre!!!

5:12 da tarde  

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