O primeiro risco
Aborrece imenso. Chateia. Uma tristeza, aquele primeiro risco descuidado no parque de estacionamento, tudo culpa da coluna do edifício, do espaço miserável a que temos direito, ou da outra viatura de esguelha. Nós fizemos uma manobra perfeita, calculámos as distâncias, medimos a largura, volante para a esquerda, mais um jeitinho e zás, ouviu-se aquele barulho que até fez doer o coração. Tenta-se, em vão, apagar o risco com o dedo, que pode ser só de raspão, coisa que nem se vê. Mas ouviu-se e lá ficou um, dois ou três traços miseráveis num Trabby novinho com cheiro a fresco e limpo que se pode ver.
Bem sei onde está o primeiro risco, do lado de cima da roda, sem honra nem glória. É só um arranhão na máquina que me leva e traz, como a cicatriz de guerra na minha gatinha de rua, quem anda à chuva molha-se, mas sempre é o primeiro risco.
2 Comments:
Estimada Vizinha,
Já estava a ficar preocupado.
E sim, é verdade que o que custa mais é o primeiro risco.
Mas á medida que a vida se vai desenrolando e o numero de carros(e motas!) que nos passaram pelas mãos aumentando, começamos a ter outra perspectiva mais resignada ou tendo-o como incidentes inevitáveis.
(Atenção! Eu sei que o dinheiro custa a ganhar...)
Espero que esteja tudo indo bem consigo e com os seus.
Melhores desejos de bom fds,
Miss
aquela manobra era quase impossível.....:))))
Talvez o risco disfarce com a tal graxa....
mt
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