Meus heróis

"Who is Mark Spitz? He is a swimmer"

Talvez não fosse bem assim, mas era o exemplo que o manual escolar de inglês fornecia, em tempos idos, aos jovens estudantes da língua. Como ilustração, aparecia uma fotografia do nadador mais famoso do mundo com uma longa guedelha e bigode farfalhudo. Eram imagens de 1972, ano em que o homem, bem simpático, abarbatou 7 medalhas olímpicas. Do feito, não tenho a menor recordação mas, curiosamente, do manual nunca me esqueci.

Isto a propósito dos tempos modernos, em que seria de todo impensável ver bigodes e guedelhas emergir de piscinas ou de fatos de esgrima. Parece-me que isso terá pouca importância em desportos como o tiro ao arco ou a equitação, mas será pergunta para a minha esteticista, altamente qualificada em depilações a ambos os sexos, se bem que da clientela masculina não façam parte exímios nadadores.

Com ou sem bigode, já estarão ambos na história do desporto e nos manuais escolares.

Destes jogos olímpicos, para além de momentos fantásticos, resta-me uma enorme satisfação: um mundo sem o exclusivo do futebol é possível.