Fontes de curiosidades e de memórias
François Truffaut - "Que reste-t-il de nos amours" de Charles Trénet (pour "Baisers volés")
O último programa do "Clube dos Jornalistas(RTP2) foi dedicado ás hemerotecas, com especial destaque para as municipais de Lisboa e Porto e ainda uma referência a uma outra, pertencente a uma biblioteca pública.
Foi muito interessante ouvir as duas investigadoras presentes que conhecem bem as salas de leituras de periódicos e as máquinas de microfilmes falar do valor inestimável e único que representam aquelas fontes de informação. Aliás, não posso estar mais de acordo com Helena Matos quando referiu que "dantes é que se escrevia bem "não passa de um mito", sendo que a paginação era feita de forma totalmente diferente e as manchas de publicidade mal se distinguiam do resto do texto.
Sem uma aturada pesquisa aos periódicos da época, dificilmente a investigadora conseguiria obter a reprodução do que vemos na série "Conta-me como foi". Falo das revistas que se vendem no quiosque do bairro, do leite Milo nas prateleiras da cozinha, o vestuário, o preço dos produtos na mercearia da rua e tantos outros pormenores que só existem nas mil e uma folhas que deve ter consultado para colocar aquela jarra no psiché ou a Maria Isabel com o vestido de linhas direitas. Eu gosto do robe de carpélio que a Margarida usa e de a ouvir tratar a filha pelo nome todo. Coisas minhas.
Um dia, com tempo, folheiem o Almanaque das Senhoras, o Arquivo Pitoresco, Ocidental, o Álbum das Glórias, o "António Maria", ou a Paródia. Não só encontram algumas curiosidades pittorescas como descobrem, com prazer, notícias e imagens de um tempo que já desapareceu.
5 Comments:
Psiché...
claro sophia
obrigda
Que é uma palavra que adoro!
Investigar é isso mesmo. Para encontrar aquele pormenor, perdem-se (leia-se: ganham-se) horas.
Duas coisas importantes para um trabalho valioso: a catalogação e arquivo dos documentos e a pesquisa da ivestigação.
Um e outro vivem colados e só assim podemos ter um trabalho fidedigno e tão real que só se começou a falar dele, quando toda a gente já falava. É que alguns julgavam que era uma série da RTP Memória.
É isso grande Joia:
COmo diria o Dr J Coelho "Há muto pouca memória" :)
Ao contrário do que fazem os canadianos, os austalianos e os americanos, que preservam digitalmente e divulgam o seu património escrito (nomeadamente periódicos), em Portual há pouquíssimo investimento na conservação deste material único e irrepetível .
É uma pena
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