segunda-feira, abril 7


CAIXA DE COSTURA

Nunca compreendi
a caixa de costura.
Testemunha muda
de tardes e gerações,
poder feminino
sobre o útil, no fundo
dos carrinhos e dos dedais
devia haver
a esperança.

Pedro Mexia, “Duplo Império”, edição de autor, Lisboa, 1999

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Também tive uma caixa de costura. Eu e mais uns quantos maduros, que nos Fuzileiros nos fez jeito. A recruta era uma tortura. Cadetes treinados para ser duros, mas aprendemos a pregar os botões ao peito.

(Era uma velha cigarreira onde guardava as linhas, alfinetes de dama e as agulhas... que dedais eram coisas de senhoras... risos).

10:29 da tarde  
Blogger cdgabinete said...

Não tive uma caixa de costura.... mas lembro-me da que tinha a minha avó.... e lembro-me de a ouvir dizer... "oh rapariga traz-me cá essa camisa para eu lhe dar uns pontinhos... senao pareces uma desmazelada!"

11:05 da manhã  

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