Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor
Não posso deixar passar a efeméride de hoje: o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, instituído pela Unesco em 1996, festeja-se hoje em mais de 100 países. É dia de celebrar a importância do livro e os direitos da sua propriedade intelectual.
A cidade de Amesterdão será a próxima Capital Mundial do Livro, após Bogotá, que cessa hoje a sua titularidade. Na capital da Holanda estão já programadas inúmeras actividades e iniciativas como conferências sobre direitos de autor, publicação de obras científicas, abertura de novas bibliotecas e centros culturais, seminários e festivais como a parada de personagens da literatura infantil. Após Amesterdão seguir-se-à Beiture como Capital Mundial do Livro, sendo aí eleita a cidade para 2010. Guadalajara, Lisboa, Ljubljana, Riga, São Petesburgo, Viena e Wellington (NZ) já apresentaram a sua candidatura.
Quem sabe se será a primeira vez que fico satisfeita por Portugal poder vir a ser um país de eventos?
Entretanto, o Telegraph publicou a lista dos 110 melhores livros de todos os tempos para uma biblioteca perfeita* e a revista Ler (não deixem de comprar porque está muitíssimo boa) apresenta a lista dos 50 autores mais influentes do século XX, o que aprendemos ou deveríamos ter aprendido com eles.
E já agora uma curiosidade também da Ler: tradicionalmente, os presidentes americanos legam à América uma biblioteca e um museu com o seu nome, como por exemplo a espantosa biblioteca de JF Kennedy ou a de Reagan (em meio rural, a minha preferida). Como não poderia deixar de ser, também o Presidente Bush, já em final de mandato, definiu o edíficio na Southern Methodist University (Dallas) como o local onde a mesma será construída. Projecto para uma biblioteca, museu e um instituto, no valor de trezentos milhões de dólares assim por alto (Glub!), da autoria do arquitecto Robert A.M. Stern.
"Atentos às potencialidades de um assunto tão mediático, os editores de The Chronicle Review lançaram um desafio aos seus leitores: se fossem eles a decidir, como seria o projecto? Quais os traços dominantes? Só tinham de respeitar duas regras: desenhar na parte de trás de um sobrescrito e pensar em GW Bush". Envelopes não faltam e a votação continua a decorrer no site do jornal, onde se encontram as propostas enviadas. Coisas patuscas de um país livre.
Sobre a biblioteca pública, sem bola de cristal nem nave espacial - Esfera Pública
(Vol. 2 / 2008, Fascículo 1 / Janeiro-Março) 27.03.2008
Maria Isabel Goulão
"A história das bibliotecas públicas portuguesas, como agora as conhecemos, é ainda muito curta, no entanto, foram vinte anos de um investimento público benéfico e marcante tanto para a cultura nacional como para as cidadãos dos municípios que delas têm vindo a beneficiar. "(cont.)
2 Comments:
"... por Portugal poder vir a ser um país de eventos?"... que alfinetada, Miss Pearls ;).
Quanto ao dia de hoje... bem lembrado e melhor escrito.
Bom fim-de-semana.
O conteúdo da candidatura está disponível para download em http://www.lisbonworldbookcapital.ativism.pt
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