O "saiote" , esse grande desconhecido

Ou melhor, o grau zero da lingerie, alvo de desconhecimento e de algum desdém por parte de jovens balconistas, outrora peça fundamental no vestuário feminino e não falo do século passado.

Se eu não tivesse um blog, tinha que o inventar para escrever sobre o saiote, peça que há-de entrar em casa de boas e velhas amigas, mulheres com muita graça, assim eu encontre algum jeitoso para lhes oferecer. Não lhe vislumbro outra designação e quem não sabe o que é, ou para que serve, que pergunte. Garanto que as mães sabem do que falo. Tenho a certeza de que se lembram das caixas compridas, cobertas com papel fino, também usadas para as combinações. Curiosamente, estas últimas modernizaram-se, tomaram formas elegantes, novas designações, diferentes texturas e utilizaçãos variadas, ao contrário do ultrapassado e tristemente esquecido saiote. Sim, há por aí uns trapinhos parecidos, mas não fazem o mesmo efeito nem servem as mesmas funções.

Como tive que explicar a duas gentis meninas que me atenderam, um saiote é muito útil quando se vestem saias ou vestidos sem forro. Porquê? Ora essa, porque "caem" melhor", a roupa não se enrola nas pernas e evita transparências. Qual é o problema, caras meninas?Eu sei que é difícil compreender, mas a resposta dá pelo nome de e-s-p-e-l-h-o. Pouco elegante? Tristemente sensual? Nada sexy? Talvez, mas muito conveniente. De tecido fino rendilhado, em fibra, nylon, ou do próprio material usado para forros, em cores neutras, até pode ser bem elegante. E depois, como qualquer outra peça de vestuário, depende de quem o usa.

Amanhã tento de novo. Bem sei onde os encontrar à venda, mas auguro o pior. As minhas amigas merecem algo mais, digamos, arrojado.

NOTA: Garantem-me aqui ao ao lado que este é um post pouco moderno. Tolice. Pelo contrário, ter um blog para escrever (também) sobre saiotes é claramente trendy. Ora, ora, por acaso este blog tem cheiro a naftalina?

Petticoat-Wikipedia