domingo, outubro 28

Museu dos Relacionamentos Desfeitos

Museum of Broken Relationships Zagreb-baseed artists Olinka Vistica and Drazen Grubisic wanted to do something with the objects left over after they split up. They decided to collect them and put them on display and asked their friends to do the same.

Quem conhece Berlin certamente terá ouvido falar dos okupas mais famosos do mundo e do Tacheles, uma espécie de centro cultural alternativo. Eu vi-o do rio e despertou-me a atenção. Quando perguntei o que era e após uma breve explicação, fui informada que "não era interesting". Era só para saber, caramba. Segundo o Público, encontra-se por ali uma exposição itinerante sobre relacionamentos fracassados, aliás com enorme sucesso. O Museu de Relacionamentos Desfeitos, como lhe chamaram, pede às pessoas nas cidades por onde passa que ofereçam lembranças de romances, sejam de casos breves ou divórcios dolorosos. A exposição teve início na Croácia, passou pela Bósnia-Herzegovina e Eslovénia e já vai com mais de 300 ofertas. Só em Berlim já ofereceram mais de 30 objetos como um vestido de casamento e um machado, usado para destruir a mobília de uma ex-namorada, anéis, umas algemas com pêlo cor-de-rosa, uma prótese, uma bicicleta ou uma cafeteira. Todos são acompanhados de uma breve descrição do fim da relação - a ideia é ter um efeito catártico. A exposição segue para Belgrado, Skopje e Estocolmo, mas algumas galerias em França, Itália e Japão já mostraram interesse em receber esta mostra. Um dos objectos mais bizarros será o machado. Uma habitante de Berlim deixou a sua companheira, com quem vivia, para ir passar três semanas aos Estados Unidos. "Despediu-se de mim no aeroporto chorando e dizendo que não podia passar três semanas sem mim. Quando voltei, ela disse que se tinha apaixonado por outra pessoa", diz a descrição que acompanha o objecto. "A mobília dela ficou comigo. Então, para decidir o que fazer com a minha raiva, comprei um machado (...) Todos os dias parti uma peça da mobília dela". Fotografias e artigo do Der Spiegel Artigo Público 28.10.2007, Maria João Guimarães (Mais notícias aqui, aqui e aqui )

Nota: No site Museum of Broken Relationships podem ser deixadas fotografias, e-mails, ou SMS. A ideia é que as pessoas não destruam os objectos como terapia, mas que os levem antes para o museu, participando numa "história emocional colectiva", como se diz no site. "O impulso normal é destruir os objectos, os vestígios de uma relação, para seguir em frente", disse Olinka Visitika à BBC on-line. "Mas pensámos usar a criatividade para superar a dor da experiência e também lembrar, mais tarde, a alegria que estes objectos já significaram. "

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

será que lá posso deixar a minha dor?... dava-me um jeitaço cartartico
bom domingo

10:51 da tarde  

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