Dois anos

O que andei eu, Maria Isabel, a escrever nestes dois anos, valha-me Deus? Tanta frivolidade, muitas tolices mas também diversos pequenos textos que me deram gozo a escrever. Alguns sairam mal, outros assim-assim, outros não estão mal de todo, não senhora. Até parece que não foram escritos por mim. Foram pérolas, memórias, canções vinil, fins de tarde, coisas de amigos, de amor, chá e torradas junto a lareiras imaginárias e terraços cobiçados na companhia dos leitores. Foram vidas de Verão, da minha cidade, de cidades distantes, de locais onde fui feliz, de ficção e realidade onde só eu descubro a fronteira, posts de aromas, de saudades dos meus, sempre os meus e sempre o respeito nas palavras sobre os outros, por isso tudo aqui é tão previsível quanto eu.

Mas o que me dá gosto é vocês estarem aí, os amigos que fiz, as oportunidades que tive, as imensas gentilezas que recebi e estar em locais onde me sinto bem. Mesmo sem cair o Carmo e a Trindade.

Já tenho saudades dos amigos que partem, mas fico feliz por eles e eles por mim. São as voltas da vida.

Está quase tudo nestas fotografias. De resto, nem sei que mais vos possa dizer para além do meu bem-haja.