terça-feira, maio 29

(Post) Sem cerimónias

À excepção de funerais, de que não quero falar, não conheço ninguém que não tenha ido pelo menos a meia dúzia de baptizados e casamentos. Sei de gente que não gosta em absoluto de tais cerimónias, assim como há quem aprecie, participe e se encante. Excluindo os familiares e amigos mais próximos, há os outros, os que são convidados pelas mais diversas razões: porque são colegas, chefes, vizinhos, presidentes da junta, gente importante, amigos dos pais, e quem sabe, advogados de um casamento anterior. Estes, os outros, são geralmente os mais entediados, os que saem cedo.
Das duas uma, ou se casam em nome da República Portuguesa num 2º andar de uma repartição (sim, há quem vá a casa) , sem direito a marcha nupcial nem livrinho da cerimónia, ou então, há casamentos com tudo aquilo a que tem direito: passadeira, flores, música, sermão, meninos das alianças, com maior ou menor sobriedade, mas tudo a que se tem direito. Aquilo pode dar tudo para o torto, seja na conservatória ou na igreja, mas a Carla tem razão "admito que talvez perceba melhor quem se casa e se divorcia do que quem nunca arrisca ou nunca acredita." Conheço homens e mulheres encantadoras que nunca tiveram a oportunidade de arriscar, mas isso é outro assunto.
Ir a um casamento envolve uma logística deveras complicada, se bem que as simpáticas listas de casamento vieram resolver parte do problema. O serviço de copos é medonho, não importa, se o faqueiro é de fugir, eu ralada, se as caixas são inúteis, so what?.
O melhor e o pior de um casamento é a roupa para a ocasião, tema que daria para dois posts cheios de frivolidades, como se este não bastasse. Corrijo, o pior é mesmo a fome, a espera antes do almoço, mal vencida à custa de miniaturas, gin tónicos e dores nos pés. Mas é a tradição e nisso, a tradição ainda é o que era.
Casaram e foram felizes para sempre: são os momentos encantados e encantadores de quem nós gostamos. Irrepetíveis? Esperamos sempre que sim, mas cada um sabe de si.
Podem ser coisas de filmes, seja, mas o rito da tradição anglicana tem um future simple, com coisas igualmente complicadas mas para lá do presente: I will, dizem eles.*

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Carissima vizinha,

Casei no ano passado, com isso tudo, Igreja da Luz e copo de agua em Cascais.

Detestei, só o fiz para fazer a vontade á minha mulher - Aliaz ja lhe disse que não me casava com ela outra vez. Nãe me diverti NADA nem apreciei minimamente o dia. Espero que os convidados ao menos tenham aproveitado...

Não aconselho.

Beijocas respeitosas e boa asemana

12:02 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Casamentos fui a dois, baptizado a um e isto há mais de 15 anos, o que quer dizer que dificilmente contarão com a minha presença nestas coisas. Por todas as razões apontadas por Miss Pearls, mais um par de botas!

3:13 da tarde  
Blogger Jansenista said...

Casamentos há muitos: predominam os dos maus encontros, mas quando há a sorte de se formar um bouquet de amigos a coisa pode tornar-se divertida. O pior de tudo são os casamentos deslumbrados nos quais quem mais ordena é o fotógrafo: um horror inenarrável, só superado pelo entusiasmo saloio de impingir o vídeo do evento às visitas.

9:14 da tarde  
Blogger M Isabel G said...

Sim, isso do video não tem jeito nenhum.
Os casamentos com grupos de amigos são sempre divertidos.

2:30 da manhã  

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