quarta-feira, dezembro 13

Natal: the day after

Escrevi isto a 27 de Dezembro do ano passado e chamei-lhe "Natal : a sequela".
Tão certo como eu estar aqui que esta cena se vai repetir este ano seja a 27 ou a 28, ou quando o homem tiver paciência. Uma aposta? Depois contem-nos.
Como seria de esperar, supermercado vazio. Quase ninguém? Wrong. No balcão "Trocas e Devoluções", proprietários de objectos inúteis esperavam pacientemente a sua vez com os talões na mão, desejosos de se verem livres de montanhas daqueles trastes que tanto "apreciaram" na noite de Natal. Diga-se de passagem que estavam cheínhos de razão: só à minha frente estava um serviço de café medonho de fugir, uma torradeira certamente supérflua, umas meias gigantes, umas luvas anãs e um conjunto de caixas e caixinhas completamente desprezadas num saco de plástico. O casal atrás de mim carregava um cobertor capaz de tirar o sono a qualquer mortal, quando o que precisava mesmo era de uma fritadeira e a tia Amélia nunca saberá o que estavam a dizer dela.

1 Comments:

Blogger Poeta Aprendiz said...

É um bocadinho o reflexo da nossa vida actual.

Relações supérfluas, vazias, momentâneas, desnecessárias, até incómodas que, assim que se pode, devolve-se à procedência ou tenta-se trocar por outra de igual valor.

Falta Amor de verdade. Até no Natal...e nos presentes que se dão...

3:14 da tarde  

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