O mistério das letras minúsculas
Os tempos modernos e o consumo delirante trouxeram consigo a obrigatoriedade de instruções de utilização em diversas línguas. Está visto que quanto maior for o número de bandeirinhas nas embalagens, assim as letras deixam de ser letras para passarem a ser letrinhas.
E não estou a ser neo-realista (leia-se exagerada) visto que já por diversas vezes tive que me expor à humilhação do socorro por melhores olhos ou à utilização de dioptrias de terceiros. Há mesmo quem diga que por detrás destas letras pequenas se encontram conspirativas manobras de marketing que se destinam a induzir em erro e nos levam a comprar mais do mesmo, após termos arruinado a primeira embalagem. Em minha opinião, estas divagações não passam de meras desculpas para justificar a preguiça de ler ou simples chico-espertismo de quem julga que sabe sempre tudo (geralmente coisas de homens).
Mas a realidade é que se torna cada vez mais complicado ler as letrinhas em caixas de puré de batata ou mesmo as instruções de pistas de automóveis. De facto, esta operação obriga a certas exigências, nomeadamente uma boa iluminação e outra pessoa aos comandos das instruções. Leia-se uma pessoa calma, paciente e possuidora de conhecimentos mínimos de bricolage, de forma a traduzir medidas, pesos e puzzles.
Primeiro, a sinalética misógina, agora as letras pequenas…um dia destes ainda aprendo a ver o óleo do carro...
2 Comments:
adorei o post mas mais ainda a conclusão. tb eu tenho de ir ver o óleo e n me apetece nada... decididamente deveria haver carros pra mulheres e pra homens e vou jºa divagar sb o tema! obrigada pela ideia. bjs mil e bom encontro amanhã.
PS: tenho mesmo pena de n poder assistir. MESMO!
Olá Isa,
Não hão-de faltar ocasiões :)
Ai o óleo do carro!!! O que me irrita mais é o palavreado técnico dos homens da oficinas. É aliás,como um electricista das máquinas de lavar ou da televisão: pagamos o que eles dizem. Pagar e calar.
Bjs
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