De Madrid, pela Rita
(...) "As revistas femininas não perdem oportunidade de nos chamar gordas, enchendo as páginas com dietas mágicas para emagrecer num tempo recorde, truques de estética para parecer mais novas, testes para medir o índice corporal. No fundo, os estilistas, editores e ideólogos da moda sentem um desprezo real pelo corpo, pelos subterfúgios da pele, pela essência que desprendem as curvas, as formas, as mamas desafiantes. As mulheres não somos para esta gente egocêntrica mais que consumidoras finais de um conceito pueril de beleza que nos tenta manter como eternas adolescentes.
E o pior é que nós, as mulheres, achamos tudo isto normal. Compramos as revistas, passamos fome e penúrias graças a dietas impossíveis, duvidamos da nossa sensualidade cada vez que nos encaramos com uma miúda mais nova ou mais alta ou mais gira, sofremos por um quilo a mais ou por ter o cabelo menos brilhante, invejamos as pernas esquálidas das top models, olhamo-nos ao espelho uma e mil vezes à espera de encontrar um novo defeito, como se não nos bastassem os que já temos. É normal que os homens digam que não nos percebem, que achem que somos doidas varridas. (...) "
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