domingo, abril 26

Cá e lá, nos jornais de Sábado

"Há uma Justiça para ricos e outra para pobres, uma Justiça para famosos e outra para anónimos (...)" Paulo Baldaia.
(...) O caso Susan Boyle revela o alto nível do cinismo colectivo da sociedade do espectáculo. Por regra, promove jovens com carinha laroca e corpinho bem feito que desafinem poucochinho; se cantarem bem, é um milagre; embrulha-os em programas onde se ri e se chora, e põe os miúdos a render na indústria musical e de concertos enquanto der - em geral uns meses.Boyle permitiu ao programa inverter, com benefício, a norma da sociedade do espectáculo. A indústria escondida do programa fez dela um momento carnavalesco, de mundo às avessas, um número de circo, a mulher-elefante no lugar da jovem gira que canta umas coisas. Numa cena altamente teatral, o júri simulou que Boyle é uma cantora genial. Não é. (...) (Eduardo Cintra Torres, Público, 25-4-09)
Salvem Susan Boyle!Nem um quilo
Mas em vez de nos mudar, a explosão de Susan Boyle para o mundo da fama vai provavelmente mudá-la a ela. Quando apareceu na televisão escocesa, o cabelo já estava pintado e a sua atitude já era, de certa forma, um pouco submissa. Por favor, Susan, por favor! As mulheres vintage de todo o mundo imploram-te: "Não percas um quilo sequer. Não compres roupa nova. Não pintes os olhos! E nada de Botox! Não toques no queixo número um, nem no queixo número dois. Lembra-te da Ella Fitzgerald e continua simplesmente a cantar."Wilentz - Exclusivo PÚBLICO/Los Angeles Times
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