Dia das melhores
A celebração do Dia da Mulher encanta-me pouco. À excepção das primeiras sufragettes, mulheres valentes do seu tempo, são poucas as referências femininas na vida pública ou política nas quais me revejo, provavelmente porque nunca procurei "modelos" fora da esfera privada para me tornar um ser humano decente.
Na minha casa estavam as mulheres que nunca desistiram de me ensinar e de me ajudar nas coisas pequenas e grandes da vida. Houve certamente outras referências, exemplos de desprendimento e altruísmo, fossem elas movidas pela fé ou por uma natureza generosa, às quais a minha formação não foi indiferente, mas aquilo que sou hoje, no que me tornei, foi feito de exemplos de carinho, firmeza e rectidão de carácter. É verdade que nunca estamos preparados para os problemas que jamais pensámos vir a ter de enfrentar, mas sem a força delas que trago nas minhas memórias, tudo seria bem mais difícil de ultrapassar.
António Barreto escreveu no Público de hoje "A honestidade é um valor em decadência há muito tempo. Aconteceu simplesmente que outros valores mais altos se levantaram. O que é realmente importante na vida é vencer, enriquecer, mandar, ganhar votos e triunfar."
Não é bem assim. Se olharmos à volta, ainda encontramos pequenas aldeias de irredutíveis falhados.
2 Comments:
Há mulheres que nunca esquecemos. A primeira é sempre a nossa mãe! Bj
sim, Grande joia
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