Entre a moda (2)
Julgo que esta será a 5ª vez que estive numa edição da Moda Lisboa, graças à simpatia da organização, que considero muito experiente e profissional. Pouco a pouco vou percebendo os "códigos" do que se passa fora da passarela, o único que posso aceder, visto que desconheço quase por completo o mundo da moda, o que também não me inibe de escrever sobre o evento, não faltava mais nada.
Antes de passar aos desfiles, e do que vi até agora ou seja, o Miguel Vieira, cuja colecção achei lindíssima (será que fazem números grandes?) e a Moda Cascais, umas breves considerações sobre os espectadores desta sessão, gente pouco anónima, ao contrário da minha humilde pessoa.
Ainda pensei chamar a este post "Estamos todas loiras", mas depois, vendo bem, há por aí muitas ruivas e multi-cores.
Nestes três anos, era suposto envelhecermos, ganharmos peso, rugas e até mais juízo. Curiosamente, e depois de uma vista de olhos às habituées do evento, só eu pareço envelhecer, ganhar peso e rugas. Em compensação, estamos todas louras e quem sou eu para escrever sobre a eventualidade de um maior ou menor juízo.
Enquanto vejo os fantásticos vestidos que desfilam, ponho-me a fazer contas à vida, porque isto de ser "loura" fica caro e exige tempo. As minhas leitoras de nuances ou madeixas, saberão bem o preço pago pela manutenção das farripas e as horas gastas entre papéis de alumínio. Agora se juntarmos um retoquezinho nos lábios, um jeito nos olhos, uma intervenção nos joelhos ou nas ancas e umas mamocas mais direitinhas, isto vai para cima de um dinheirão. Resignada, convenço-me que o importante é o interior e evitar roupa acima do joelho.
E se as mulheres andam raladas com a estética, olho com atenção para os maduros bem acompanhados, esses sim uns verdadeiros estetas.
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