Ricas vidas
Não sei se o sr. Maddof terá tido o exclusivo de um programa no Biography Channel, onde porventura teria oportunidade de exibir as suas possíveis mansões, barcos e vida de rico. Nesta crise mundial feita de terminologia anglo-saxónica, cheia de teorias de difícil compreensão para o comum dos mortais, mas de fácil tradução na escassez das suas (e minha) bolsas, é possivel que ainda venhamos a assistir à queda de tantos heróis do sucesso que os media consagravam.
Até o rei do lavish lifestyle, o Sr. Trump e a sua magnífica família parecem já começado a perder o brilho dos tempos de fartura e mãos largas. Não sei se a notícia sobre o pedido de falência da holding de casinos de que é proprietário poderá significar alguns dólares a menos nos seus bolsos, mas parece que a facturação do jogo não está a correr nada bem.
Ainda não ouvi qualquer referência a uma eventual quebra no negócio do sexo, pelo que suponho que as carteiras do Hugh Heffner e do proprietario do rancho das coelhinhas continuem recheadas de dólares e imunes à crise.
O mesmo acontece com as estrelas do MTV Cribs , rappers, jogadores de basquetebol, futebol, actrizes e demais artistas do showbiz, que têm vindo a abrir as portas das suas casas tão milionárias quanto foleiras, exibido os seus carros topo de gama (à duzia) e mostrando o seus roupeiros exuberantes, tudo muito asséptico, arrumadinho e brilhante. Não conheço a maioria desses famosos pertencentes a outra galáxia, a anos luz dos melhores condomínios fechados da nossa praça, mas enquanto houver consumo para tanta estrela, o show há-de continuar.
Está visto que o mundo, tal como o conhecemos, não voltará a ser com antes. Quem serão os novos heróis de capas de revista, as novas estrelas do entertainment por cabo ou os novos profetas do pós-crise?
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