Elm Street IV
Mais uma vez, constato satisfeita, que afinal não estou sózinha no pesadelo de fim de curso. Num jornal atrasado, leio com triunfal alegria, que o Miguel Sousa Tavares é também assaltado por suores frios e uma infinidade de terrores nocturnos que nos perturbam o sono:
DN*-"E o seu maior pesadelo?"
MST-Tive um pesadelo recorrente durante muitos anos: descobriam que me faltava uma cadeira e tinha de voltar para a Faculdade"
Desconfio que ainda se encontram por aí muitos traumatizados da Guerra do Diploma. Dúzias e dúzias de antigos alunos com fracturas expostas nas cadeiras mais variadas devem vaguear por essas ruas e avenidas no terror inconfessado de cursos inacabados, prisioneiros de testes por fazer e de professores que desejámos ver pelas costas e nunca em sonhos.
Eles andam por aí mas não dizem nada.
*DN de 29 de Junho 08
2 Comments:
Digo, digo. Pouco depois do PREC (em 1976), andei por aí uma noite meio perdido nos subúrbios, acho que ali para o interior de Carcavelos ou Parede, à procura da casa de um professor que, pura e simplesmente, se tinha esquecido de me lançar uma nota. Acreditou em mim e fui eu próprio que lhe levei o trabalho que eu tinha feito e ele tinha classificado e assinado. Nem me lembro da nota, mas nem era fantástica (12 ou 13), e muito menos como na altura se chamava a cadeira. Também era isso o que menos interessava.
Cumprimentos
A mim também me acontece! Sonho muitas vezes que ainda me falta fazer latim. Pior: quando o pesadelo se prolonga, acabo até por descobrir que, não só me faltam cadeiras da faculdade, como não cheguei sequer a concluir o secundário. Então como consegui entrar para a faculdade? Sei lá, mas a lógica dos sonhos não é propriamente cartesiana, pois não?
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