Fruto da modernidade
Num espaço de poucos anos, além das inovaçõs tecnológicas nas áreas das comunicações, da medicina, dos transportes, na indústria, etc. etc. as alterações dos nossos hábitos alimentares têm sido visíveis um pouco por todo o lado. Basta reparar na tremenda oferta de novos produtos que os espaços comerciais têm vindo a introduzir no nosso mercado. Sem falar, claro, nas lojas especializadas, nas grandes superfícies diferenciadas e mesmo em restaurantes de paladares mais distantes.
Podia aqui falar de queijos, massas, vinhos, compotas, e tantas outros produtos que há meia dúzia de anos só existiam, a preço de ouro, em pouquíssimos estabelecimentos só conhecidos por quem tinha bolsa farta para os comprar.
Mas este post é sobre fruta, não sobre a fruta da época, mas a que nos chega de todo o lado, fresca, em calda, congelada, devidamente conservada e aromatizada, tantas espécies que desconheço, que nunca provei e que só reconheço pela respectiva legenda.
Longe vão os tempos dos citrinos da horta, do melão, melancia, cerejas, morangos, pêssegos, nesperas, figos, romãs e, de tempos a tempos, as bananas e o ananás trazidos da capital ou de algum estabelecimento de província mais requintado. E ainda me recordo de quando surgiram os kiwis e os maracujás, coisa fina lá dos trópicos. Os mais novos julgam que sempre estiveram nas fruteiras juntamente com as pêras e as maçãs, que os cocos se vendiam ao lado das uvas e das ameixas e que se fazia mousse de manga com a mesma facilidade como se prepara a mousse de chocolate. Talvez julguem que os arandos, os mirtilos, as amoras e as framboesas só existam em saquinhos no congelador, mas isso já é outra conversa.
Por mim, ainda consigo dar alguma explicação sobre goiabas, abacates, papaias ou lichias. Já quanto a carambola, acerola, anonas e outras dezenas de frutas que mal conheço por essas bancas fora, só mesmo com livro de instruções.
4 Comments:
Maracujás, papaias, abacates e goiabas... Pronto, agora bateram-me as saudades... fraquezas. :)
Ola miss pearls
Gostei dos frutos que elencou no parágrafo "longe vãos os tempos dos citrinos da horta, do melão e por aí fora ...", mas dei comigo a pensar em outros frutos de então e nunca mais vistos, apesar da profusão das actuais fruteiras
Dou um exemplo, SORVAS - cor de nespera, do tamanho de um kiwwi e com a consistência de uma batata doce.
Lamento a descrição, pouco científica, mas foi o melhor que se arranjou
Quanto às ditas sorvas, vão longe na minha memória: - um pequeno cartucho de papel cinzento, com umas ligeiras riscas vermelhas, era o requintado mimo que a minha avó, anualmente, nos fazia chegar à cidade - eram poucas, mas ainda davam duas a cada um.
Soube-me bem contar esta pequena história.
Um abraço para si
TíliaseBuganvilias
Pois saibas, minha cara, que quando provares suco de carambola ou de acerola, provarás a bebida dos deuses. Maravilha!
Olá Menina Tilias
Pois não conheço :)
Caro anónimo,
Pois ainda há-de chegar o dia. De preferência com um bilhete de avião para o Rio de Janeiro :)
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