Como uma estante

Já o tenho escrito por diversas vezes e não me custa repetir: este blog é um local calmo e amável feito para os meus e para quem, generosamente, passa por aqui. Foi isso que escolhi, é isso que quero que seja e só assim faz sentido. Curiosamente, e apesar de ser um blog escrito por uma única pessoa, nunca foi um blog solitário. Por vezes fica-me a impressão de que há sempre gente dentro: leitores que colaboram, que amavelmente comentam, que circulam, a quem chamo pelo nome e outros que desconheço.

Os blogs são um pouco como a imagem acima: lê-se a lombada com curiosidade ou não, com interesse ou nem tanto e passa-se a outra estante e a outro tema, por vezes com pressa, outras com mais vagar. Como nas bibliotecas de livre acesso e empréstimo domiciliário, mais livre e democrático não pode ser. É uma questão de procurar por entre as estantes : com esta cor amarela não será difícil de encontrar. E pode voltar quando quiser, a porta está sempre aberta, não precisa de cartão, partido, irmandade nem fato e gravata.

Leio diversas vezes que a vida vem nos livros e nos filmes. Até pode ser, mas nada disto faz alguém melhor ou pior enquanto seres humanos.

O nosso património, o meu e o dos meus, é o nosso nome e o nosso trabalho. É disso que são feitos os nossos dias e também o que levamos no próximo dia 18. (Para a minha irmã, com carinho, ternura e grande admiração) fotografia