Suburban tale
E que tal obrigar os autarcas a viver por uns tempos nas urbanizações cuja construção autorizaram? Falo naqueles loteamentos género caixote em que as ruas têm números e onde os acessos são feitos de lama e pó por muitos e longos anos. Só por uns tempos. Depois podiam voltar para as suas residências solarengas.
Assim, quando a família os fossem visitar ao bloco 457, 14º Lateral, letra XYT da sua residência na Rua 457 Projectada à Travessa 765, teriam oportunidade de mostrar as obras que deixam às gerações vindouras.
Imaginemos um diálogo (ficção, claro) com os netinhos, estes já com consciência ambiental adquirida na escola:
- Avôzinho, porque não há passeios nesta rua?
- Foi o Presidente seguinte que não os construiu, meu filho.
- Avózinha, porque não há árvores neste bairro?
- Olha bem para a placa à tua esquerda netinho! Já viste o lindo pavilhão multi-usos que mandei construir?
- Avôzinho, onde está o parque infantil para os meninos brincarem?
- A rotunda com o repuxo, netinho. Muito importante. Quando fores crescido vais compreender.
- Vamos comprar um gelado ali à frente netinha?
- Avózinha, não atravesses a rua assim! Não vês que os carros vão muito depressa? Temos que atravessar na passagem aérea naquela rua lá ao longe!
(Como o autocarro 566-b foi eliminado, netos e avós recolhem a casa na Carreira 342 após 45 minutos de espera).
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