segunda-feira, outubro 9

Rica vida

Depois de Viena e Dublin e agora em Zurique, constato que estes indígenas têm em comum o gosto de frequentar jardins e lagos. Está bom de ver que são gente pobre, ignorante e atrasada que liga a estas minudências, autênticos empecilhos ao crescimento urbanístico e ao desenvolvimento económico. Por cá também temos os nossos jardins no centro da cidade. Falo da experiência alucinante que é passear no Campo Grande e atravessar o jardim (em passo e corrida e carteira apertada) pelo túnel tão encantador. Também temos o Parque Eduardo VII. Pois. E não me estou a esquecer do Jardim da Estrela. Estou a guardá-lo para os tempo de reforma com a bisca de quatro.

Reparo com alguma surpresa que esta gente não gosta de trabalhar. Por volta das 17.30, junto à zona dos bancos, é vê-los nos bares à volta de um Campari. Não vão longe.

Também ouvi falar português, claro. Logo pela fresca, a senhora que servia o pequeno almoço no hotel, era decididamente da zona de Viseu. À noite cruzei-me com algumas brasileiras e pelo que pude escutar da conversa, claramente não eram turistas. Os espanhóis estão por todo o lado. Pela montra, espreitei para o interior da Cartier. Tinham um ar sério, as senhoras sentadas à frente de empregados elegantes e de muitas caixas abertas.

O dinheiro tem um dress code muito especial.

Neumarket

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ah... A Grossmünster. E esse bizarro hábito de frequentar jardins e lagos. Saudades...

7:16 da tarde  

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