Pão, costumes e práticas

A propósito disto , da vida “doméstica” com as filas para o pão, escreveu o Ma-schamba:

Domingo fim-de-tarde, sentado na esplanada do Nautilus, este então ainda novo. Na minha frente estaciona um grande Volvo diplomático. Traz a bandeira arvorada, está em regresso de representação, depreende-se. Lá de dentro sai o óbvio embaixador escandinavo, fim de dia de trabalho, ainda impecável nas vestes. Avança, até mesmo mais visível pelas alturas habituais do seu povo, entra na padaria e logo sai com o saco de pão. Olho para o lado num "Que diferença!" e o patrício logo se me devolve num "Quem nos dera!".

Sobre estes terrivelmente pouco burgueses hábitos nórdicos, também tenho para contar: No ano passado, pelas comemorações do Hans Christian Andersen, o concerto estava cheio de nórdicos, sobretudo dinamarqueses. À saída, enquanto as sumidades portuguesas esperavam pelos respectivos motoristas, foi um regalo ver alguns membros do Corpo Diplomático (seria também embaixadores?) tirarem o porta-chaves do bolso e entrar em lindos Volvo. Para o volante claro. Usos impensáveis por cá, como se sabe.