quinta-feira, julho 27

Coisas de músicas

Entre gente lamecha (na qual pontual e orgulhosamente me incluo) discutia-se qual a músiquinha mais lamechas de todos os tempos. Devo dizer que cada um@ contava histórias pessoais do mais... como dizer... idílico??? (fofinhas, dir-se-à agora). Uma associava aquela música a uma discoteca de Lisboa, que por sua vez associava ao namorado da altura, que por sua vez associava ao carro do pai (parado, claro). A outra, aquela cançoneta lembrava-lhe um fim de semana à socapa enrolado num monte de mentiras. A rir, confirmou que por vezes o crime compensa. A M. confessou meio a sério meio a brincar que durante anos não pôde sequer ouvir falar dessa tal Coolidge que nunca lhe fez mal nenhum. Não fez ela mas fez o bandalho do J que lhe jurava amor eterno e a quem ela apanhou aos beijos no jardim da casa do D durante uma festa. "A gente agora acha graça, mas naquela altura era o fim do mundo!" Linda, espantosa, foi a revelação da R:.Como foi possível que tenha guardado durante tantos anos o romance com o rapaz francês (que era o máximo)? Porque será que nunca nos apercebemos? Com alguns suspiros, sempre que ouve essa música ainda se lembra de quando saíam à noite do Deck... Desconfio que tudo o que o F. contou era mentira. Ele, que era tão tímido que não dançava com ninguém? Aquelas performances, tanto romantismo debaixo das videiras durante as férias em casa dos avós, com a menina da aldeia, cheiravam-me a esturro ou a muita fantasia. Mas a gente nunca sabe, não é? Aqui fica a canção de todos os sonhos, de tantos suspiros, de muitos beijos, de choros e de montanhas de fantasia, num tempo em que tudo era possível. Quando se tinha todo o tempo. Agora, a gente sorri quando ouve a música, não é? Rita Coolidge - We're All Alone

6 Comments:

Blogger Xixao said...

Lindooooo! Amei!

10:01 da tarde  
Blogger hcm said...

E ninguém se lembrou que era o tema de uma das primeiras novelas brasileiras (quando ainda eram as únicas e verdadeiramente incontornáveis), que tinha como par amoroso o Márcio e a Lili, e da qual só me lembro desta música e dos penteados horrorosos dos personagens? Ninguém? :)

Esta é, sem dúvida uma das músicas cantadas por vozes graves e roucas que encheram a minha adolescência. A voz da Rita Coolidge ainda hoje me faz cócegas na barriga...

Beijinhos.

Helena

1:09 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pois a mim esta canção não me aquece nem arrefece. Já nem me lembrava da sonsa da Rita Coolidge, nem da canção propriamente dita. Também nunca fui muito para lamechices musicais... e destes tempos era a Carly Simon que costumava ouvir mais (sem James Taylor, de preferência). As canções dela sempre eram melhores e mais mexidas do que esta as desta morcã.

3:35 da tarde  
Blogger M Isabel G said...

"As canções dela sempre eram melhores e mais mexidas do que esta as desta morcã. "
:)
:)

5:12 da tarde  
Blogger Joana Saramago said...

Passavam esta música nas discotecas?

6:24 da tarde  
Blogger M Isabel G said...

Ó minha amiga,
Este "slow"??? Era um must!! Não para todo/as, claro :)

6:32 da tarde  

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