Diário de uma gata enquanto blogger (12)
Cá estamos de novo as duas noutro Inverno; a patroa com os pés quentes e eu enrolada aos pés dela. Cá vamos, com as nossas coisas: eu faço desacatos, ela ralha, mas depois voltamos a ficar amigas, que a madura não é de ressentimentos.
Já me cheira a Natal e, mais dia menos dia, vou ter mais umas coisinhas novas para brincar (roía-se muito bem a árvore sintética do ano passado). Não sei porquê, mas o jingle bell chegou mais cedo este ano. E se a patroa anda satisfeita, melhor para mim, menos me maça. Tem graça envelhecermos as duas, seguir-lhe as rotinas, ouvir-lhe o riso e sentir-lhe as angústias. Às vezes parece um pouco parvinha (se eu pudesse dizia-lhe das boas), mas a moça lá tem os receios dela, e medos, pois então. Tem dias em que até tento dar-lhe um pouco de colinho, que isto de vivermos juntas já nos vamos conhecendo. E ainda dizem que as gatas são foleiras e pouco amigas. Pois eu não me esqueço dos meus tempos de rua, rafeira assumida, bem vi muito cão que não conhecia dono.
Agora que sou praticamente dona deste pedaço, boa vida e boa cama, patas quentinhas e pêlo escovado, gente amiga à nossa mesa, ouço daqui o riso da patroa e quem lhe faz bem a ela, também o faz a mim. Boa noite amiguinhos, que vou ali roer mais um pouco de sofá, satisfeita por não haver no mercado ração sem sal.
Agora que sou praticamente dona deste pedaço, boa vida e boa cama, patas quentinhas e pêlo escovado, gente amiga à nossa mesa, ouço daqui o riso da patroa e quem lhe faz bem a ela, também o faz a mim. Boa noite amiguinhos, que vou ali roer mais um pouco de sofá, satisfeita por não haver no mercado ração sem sal.
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