As cores de uma cidade
- Ludovina! Ó Ludovina! gritavam as amigas a uma criatura de Deus meio perdida entre os bording gates e a sinalética dos lavabos.
É uma boa verdade que os italianos falam alto, mas os portugueses não lhes ficam atrás (eu caladinha) quando se deslocam em grupos de classe turística. O vozear mais audível era mesmo o dos meus concidadãos que se dirigiam para junto de outros passageiros, em espera pelo vôo da transportadora nacional e a discussão centrava-se no serviço a bordo. "Oferecem chá, café ou sumo", afirmava convicto o homem do grupo. "Nas vês que tudo tem que se pagar, que não dão nem uma bolacha?" replicavam elas com muita propriedade. Mais tarde vi-os no bar, à volta de uma sandes tão horrenda quanto milionária, o que me levou a crer que o cavalheiro se tinha deixado convencer e que tinha bom perder. No vôo deles não sei, que não me meti no assunto, mas no avião em que viajei, os preços da "carta" que circulava pelos passageiros rapidamente dissuadia qualquer fome mais urgente.
Uma coisa é certa: do miminho das palmas na aterragem, já me livrei.
Uma coisa é certa: do miminho das palmas na aterragem, já me livrei.
3 Comments:
Bem vinda Miss Pearls !
ao nosso convívio, e com os seus textos
Bjs
Rosa Maria
Tenho passado em silêncio. Gosto de te ler.
Beijo
Loup
Snob.
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