Linhas de Domingo
Este fim de semana, o sol português decidiu finalmente acordar da sua longa hibernação. Foi o sinal de partida para a corrida aos ginásios e para as esplanadas e restaurantes à beira-rio, onde muitas criaturas esperam efectuar (depressa) a fotossíntese, munidos de óculos escuros e muita paciência para serem atendidos.
Aliás, quem viu nas televisões a reportagem sobre o melhor destino de férias europeu, dificilmente se apercebe que estamos nesse filme; fiquei mesmo com a impressão de que estariam a falar de duas cidades diferentes: a vivida pelos indígenas e a visitada pelos turistas. Devem ser os efeitos da tão famosa "luz de Lisboa", à qual já ganhei alguma imunidade.
É de facto uma cidade muito typical, tanto para quem circula a pé ou de carro e tem que enfrentar passeios e asfalto esburacados; quase que sentia as dores do meu novo Traby, a percorrrer corajosamente a picada africana em que está transformada a capital.
Entretanto, recebo (através do intercomunicador) um convite que me deveria ser entregue em mão, para a "comemoração da morte de Jesus". Não sei quem terá dado o meu nome para essa bizarra mailing list ou se os convites são efectuados aleatoriamente junto das campainhas dos prédios. Seja como for, chamar comemoração à Semana Santa não faz parte do meu breviário católico, mas não foi por isso que terminei o dia (e a noite) de Sábado a ouvir It's The End Of The World As We Know It, rodeada de malabaristas e aprendizes de acrobatas.
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