domingo, março 7

Alarme acrobático

Compreendo os motivos, mas incomoda-me o método com que os alarmes são colocados em roupa e sapatos nos grandes armazéns: os cintos não se conseguem apertar, os sapatos não se podem calçar e quanto à roupa interior, só mesmo uma contorcionista. Acredito que estes botões gigantes impeçam (ou dissuadam) o roubo, mas não estou bem certa de que quem os coloca alguma vez tenha provado o que armadilhou com tanto zelo. Também é possível que os artefactos zumbidores sejam estrategicamente instalados em locais que tornem imprestáveis os produtos depois de vandalizados (vulgo arrancados). No entanto, considerar qualquer mulher uma putativa gatuna, já me parece excessivo, como se não bastasse o enxovalho causado pelo chinfrim à saída provocado pelo esquecimento das caixas e não foi nem uma nem duas vezes a que assisti a cenas dessas. Até digo mais: em casos destes, a cliente deveria ser recompensada por danos morais pelo ataque ao seu bom nome e levar de borla o que a broca não arrancou.
É assim a luta acrobática contra estes escaravelhos brancos: incapazes de vencer os colchetes ou as fivelas, só há uma saída possível, a da rua.
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