"Onde tudo é divino como convém ao real" *
Faz de conta. A Sarah Vaughn toca baixinho como convém nestes fins de tarde.
Sem folego, chego ao 4º trabalho de Hércules. Depois do Leão de Nemeia, da Hidra de Lerna, da Corça de Cerineia (outra versão diferente), agora o Javali de Arimanto. Contabilizando, a esta hora já enfreitei um leão, uma hidra, dois monstros, uma serpente com corpo de cachorro e nove cabeças, um enorme caranguejo, flechas envenenadas, uma corça com chifres de ouro e pés de bronze, já capturei vivo um temível javali depois de uma cansativa e tenaz perseguição e acabo de me esconder dentro de um caldeirão de bronze.
A mitologia consegue ser muito cansativa. Parece que, afinal, está tudo explicado nas estrelas e nas constelações mas uma ignara (como eu) deve ver-se grega para perceber estas coisas. Entretanto, desconfio que não chego ao palácio de Hades com o cão de três cabeças e eu própria já não tenho cabeça para tanta fantasia.
* Odysseus, de Sophia
(Texto re-editado)
2 Comments:
Já me ri com gosto. :)
Mas se chega a uma casa assim, recupera o fôlego rapidamente. ;D
Não acho aconselhável o palácio de Hades para descansar...
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