Vida prática
A propósito de um jogo de futebol ocorrido há dias entre a Suécia e a equipa portuguesa, julgo ter lido qualquer coisa como "Suecos dizem "Bye-bye Ronaldo", mas Portugal ainda acredita". Seguia-se depois uma aritmética algo complexa sobre o número de jogos, vitórias e coisas assim, mas não é isso que me interessa.
Confesso que me encanitam as expressões tipo yes we can e a indígena "ainda acredita". Provavelmente porque me dou mal com utopias, amanhãs que cantam ou fezadas. Seremos mais felizes no futuro, é possível que possamos vir a ser e acreditamos gratuitamente que isso venha a acontecer. Podemos ter uma vida melhor? Claro que sim, clarinho como água, aliás tenho uma fezada de que é uma questão de tempo, não sei é quanto. A equipa portuguesa pode ganhar o campeonato? certamente que pode (é só fazer as contas) e há mesmo quem acredite que é já a seguir.
Mas os problemas podem aparecer resolvidos, as facturas pagas e a roupa engomada? Não. Isso não vai lá com fezadas, decretos, probabilidades ou expressões com função fática. O chato é que não basta o esforço e o trabalho, como de vez em quando ainda se fica com uma queimadura do ferro ou do fogão.
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