Sem horas
Dá vontade de rir. Vai um carro pela manhã por entre campos solitários, sem ver uma alma quanto mais outro carro e ouve na rádio a rotina das manhãs nas grandes cidades: habitual lentidão na descida da Pimenteira em direcção ao viaduto Duarte Pacheco, abrandamento na Ponte do Freixo, intensidade de trânsito nas Antas, acidente na VCI, trânsito lento no garrafão da Ponte, um absurdo. Enfim, o normal. E que poderá interessar tanto congestionamento a quem não circula nestas filas imensas? Este silêncio é um luxo, bem sei. Um descanso para quem vem de fora, sempre de olhos presos nos relógios e nas vidas que não param.
Vendo bem, são noticiários que se repetem quase diariamente, portanto, onde estará a novidade? Se a 2ª circular estivesse escorreita de trânsito, isso sim seria notícia, mas raramente está. E mesmo que esteja, deixa estar. Seria isto que provavelmente pensaria uma Scarlett moderna em Tara num final de filme.
1 Comments:
a "nossa" Beira (porque é de lá que me parecem os polaroids) .. é linda!
Vou acumulando a saudade até a poder "matar" na calmaria de uma estrada sem trânsito e o olhar perdido nas giestas cheirosas. :))
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