Tento na língua
Como era previsível, assim que começaram a aparecer as primeiras notícias sobre a patética proposta de proibição de «piercings» na língua, temos visto fotografias medonhas a ilustrar esta prática, as quais me abstenho de publicar aqui.
Fiquei a saber que "o projecto de lei proíbe a aplicação de piercings na «língua e no pavimento da cavidade oral», na proximidade de vasos sanguíneos, de nervos e de músculos e sobre quaisquer tipos de lesão cutânea". Confesso que não fiquei nada esclarecida pois não estou a ver muito bem que partes do corpo sejam longe de vasos sanguíneos, de nervos e de músculos, mas enfim. Aliás, tudo o que sei sobre esta relevante temática, que tantas clivagens e perturbações está a causar na sociedade portuguesa, é o que tenho visto num programa americano que trata com luvas as costas, os braços e qualquer outra parte do corpo que esteja a ser tatuada. Tudo aquilo me parece um grande bordado a ponto de cruz, ajur ou meio ponto, com modelos elaborados e cores a preceito, que evocam um amor, um animal, o Darth Vader, o pôr do sol, marcas de motos ou de pranchas de surf, dignos do prémio internacional "Agulha de Ouro". Longe vão os tempos de "José loves Maria" com o coração e a setinha. Claro que é exagero, mas quase se pode sentir, do lado de cá do televisor, o cheiro a carne queimada.
Se isto da proibição de piercings for mesmo levada a sério, quando me perguntarem o que é o jantar, juro que nunca mais respondo "língua de perguntador aparada".
2 Comments:
Aparada ainda vá que não vá, agora recheada é melhor não responder... :)
O que eu já me ri....
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