domingo, janeiro 27

Da blogoesfera


O beijo é talvez uma matéria antiga. [...] questão / de técnica, afinal: havendo cenário, / então há um beijo [...] nenhum outro beijo é tão nostálgico como / o beijo que nunca aconteceu, perdido / no meio de um livro, como uma gardénia / entre chilreios neoclássicos [...] Como uma mancha na memória, esse beijo / de Paris — com tradição, prefácio, notas, / livros, distinção [...] Ah, o verdadeiro beijo / (questão de técnica, afinal) só existe em Paris.»
Excerto de um dos poemas (O Beijo de um Académico em Paris) do livro "Se me Comovesse o Amor" de Francisco José Viegas
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A Rititi está grávida.
Um grande beijinho e muitos, muitos parabéns.
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O Rui A. escreve do Brasil sobre a roubalheira e a corrupção do lado de lá do Atlântico.
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À semelhança do Jorge Fiel, cá fico à espera da Starbucks, sempre uma boa amiga nos piores momentos de frio por essa Europa fora.
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Obrigada caro Je maintiendrai. O texto de Kimura Shoji mete os meus posts num chinelo.(pelo menos, é o que me parecem, vistos daqui)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E haverá algum beijo como aquele que a câmara do mestre Robert Doisneau captou junto ao Hotel de Ville?

7:20 da tarde  
Blogger Kilgoure Trout said...

"Ó castos sonhos meus! Ó mágicas visões!
Quimeras cor de sol de fúlgidos lampejos!
Dolentes devaneios! Cetíneas ilusões!
Bocas que foram minhas florescendo beijos!

Vinde beijar-me a fronte ao menos um instante,
Que eu sinta esse calor, esse perfume terno;
Vivo a chorar a porta aonde outrora o Dante
Deixou toda a esp’rança ao penetrar o inferno!

Vinde sorrir-me ainda!Hei-de morrer contente
Cantando uma canção alegre, doidamente,
A luz desse sorriso, ó fugitivos ais!

Vinde beijar-me a boca ungir-me de saudade
Ó sonhos cor de sol da minha mocidade!
Cala-te lá destino!…
“Ó Nunca, nunca mais!…”

Florbela Espanca

1:00 da tarde  

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