"Comédias na praça"
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O rapaz equilibrista de pratos também era o equilibrista de pés e o palhaço era também ajudante do mágico. A menina da levitação era ao mesmo tempo apresentadora, fotógrafa, vendedora de pipocas e partenaire nos números mais arriscados. O mágico devia ser o empresário, tratador da bicharada e encarregado do business das rifas. Mas para mim, a artista principal era a pequena Flávia, creio que era esse o nome.
O momento alto do espectáculo, antes do fantástico palhaço bananinha (se cais para o chão partes o focinho) era a exibição de "perigosas" giboias e outros enormes rastejantes bebés. Aliás já eram bebés há quatro anos, altura em que o espectáculo começou no largo junto aos cafés. Como ia dizendo, era a pequena Flávia quem tinha o arriscado número de pendurar esses bichos horrendos ao pescoço e fazer-lhe festinhas.
Os adultos achavamos aquilo repelente e nojento, a criançada achava tudo maravilhoso. Mas o mais fantástico acontecia quando o manager anunciava que também elas podem fazer festas aos bichos! Blarghhh.! Impedidos de fugir para longe, os adultos não tinham outro remédio senão controlar a criançada que se atropelava para tocar naquelas coisas viscosas (ela que não se esquecesse de lavar as mãos quando chegasse a casa).
No final, era o momento das fotografias com o preço a variar consoante o tamanho do bicho: uma fotografia com a giboia mais pequena ao pescoço era mais barato do que com a cobra gigante. Estava certo.
No dia seguinte havia mais espectáculo com a pequena Flávia e suas giboias "venenosas" e lá estávamos de novo, com frio ou sem frio. Confesso que eu era mais adepta do palhaço bananinha (se cais para o chão partes o focinho), não sei se pela minha figura ali tantas noites se pela figura dele. Eram risos em tempos de férias.
O momento alto do espectáculo, antes do fantástico palhaço bananinha (se cais para o chão partes o focinho) era a exibição de "perigosas" giboias e outros enormes rastejantes bebés. Aliás já eram bebés há quatro anos, altura em que o espectáculo começou no largo junto aos cafés. Como ia dizendo, era a pequena Flávia quem tinha o arriscado número de pendurar esses bichos horrendos ao pescoço e fazer-lhe festinhas.
Os adultos achavamos aquilo repelente e nojento, a criançada achava tudo maravilhoso. Mas o mais fantástico acontecia quando o manager anunciava que também elas podem fazer festas aos bichos! Blarghhh.! Impedidos de fugir para longe, os adultos não tinham outro remédio senão controlar a criançada que se atropelava para tocar naquelas coisas viscosas (ela que não se esquecesse de lavar as mãos quando chegasse a casa).
No final, era o momento das fotografias com o preço a variar consoante o tamanho do bicho: uma fotografia com a giboia mais pequena ao pescoço era mais barato do que com a cobra gigante. Estava certo.
No dia seguinte havia mais espectáculo com a pequena Flávia e suas giboias "venenosas" e lá estávamos de novo, com frio ou sem frio. Confesso que eu era mais adepta do palhaço bananinha (se cais para o chão partes o focinho), não sei se pela minha figura ali tantas noites se pela figura dele. Eram risos em tempos de férias.
(Em especial para a minha família e amigos dessas noites que vão passando por aqui.)
3 Comments:
Obrigada!
Bela invocação Isabel,ainda me lembro lá nas minhas beiras,quando o circo chegava à vila(hoje cidade),quando tinhamos de poupar uns tostões para ir ver o circo,ou por exemplo quando faltavamos à escola só para ir ver "as terriveis feras" anunciadas em grandes cartazes ou em carros com altifalantes gigantescos e a cair de podres.Que saudades minha cara,aonde será que estará essa magia perdida da inocência da idade?
Vou para dentro!Tenho uma lágrima ao canto do olho,e é feio(não acredito nada)um homem da minha idade chorar,ainda para mais num blog de uma senhora.
Cumprimentos carissíma.
ergela
A minha ofidiofobia agradeçe não ter "postado" a fotografia das ditas jibóias.
JC
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