quarta-feira, dezembro 27

Textos a vários copos, ou melhor, a várias mãos

Hoje, no Diário de Notícias, uma longa reportagem a várias mãos e a vários copos: cinco jornalistas escrevem sobre a noite de lisboa, ou melhor, enfrentam a árdua tarefa de viver ou reviver noitadas, vidas até altas horas, enfim, uma maçada.
Jazz numa noite de Inverno é escrita por um jovem com escandalosos vinte e poucos anos, que relata a sua experiência iniciática no Snob, histórias de clubes de jazz, passagem pelo Napron (já estive em algumas dessas festas de que fala), pela Bicaense, B.Leza, Tóquio, antigo Texas Bar e final da noite no Lux.
Agora experimentem ler A boina negra e a boina branca, ou seja, as mesmas voltas da noite escritas e descritas por um tipo de quarenta e tal anos (sic). Coisas do passado, nunca saberemos se "aquela boina branca vagamente conhecida saía do Bicaense antes de eu confirmar se era mesmo um sorriso de outrora." Também gostava de escrever assim.
A Ana Sá Lopes escreve uma crónica sobre o bairro alto, quando A Revolução já passou por aqui. Cara Ana, "o meu companheiro (também) era um rapaz lindíssimo e brilhante mas nunca se vestiu de preto monocolor, que eu me lembre" e eu uma conservadora da Faculdade de Letras (oxímoro?), por isso nunca compreendi porque não passei pela mesma humilhação para entrar no Frágil. Uma vez lá dentro, entrei sempre que quis, furando pelo meio dos "ultrajados" a quem era barrada a entrada.
Ainda há outra crónica sobre espreguiçadeiras e Cafés com 'design' que inauguram novas rotas e mais Bairro Alto com Histórias de copo na mão.
Um reparo: e a noite "betinha? Em querendo, estou disponível para uma city sightseeing dos restos mortais da noite queque. Pensando bem, ainda se arranjam um ou dois locais de culto já não tão gloriosos como no passado, mas ainda com espelhos, veludos e com serviço à antiga. Prometo que deixo as pérolas e o chanel 5 em casa ao lado das pantufas.

7 Comments:

Blogger Jansenista said...

Bicaense, B.Leza, Tóquio, antigo Texas Bar e final da noite no Lux? O horror! O horror! Nem Joseph Conrad resistiria!
De mim só ouvirá loas à noite queque, aquela que, volente nolente, conheci - e que tem aquele inimitável gosto de coisa perdida no tempo, inadulterada, à espera que molhemos uma madalena numa taça de chá...

1:46 da manhã  
Blogger M Isabel G said...

caro Jansenista,
Um bom Natal? E que tal de prendas?
Confesso que não conheço muito bem esses bares no Bairro Alto sem ser o Frágil e ´de discotecas do Cais do Sodré só lá tenho ido em festas de anos.
O SNOB, ia lá bastante há aguns anos d.c. :)
Depois deixei de ir

10:23 da manhã  
Blogger K. said...

Quando vivi em Lisboa descobri a vantagem de ser um rapaz do Porto com 25 na Capital: sem restriçoes a estilos nocturnos, acompanhava as minhas companhias, e o espírito de descoberta era tudo o que contava, desde o Mezcal no Bairro até à Kapital. Bons tempos.

11:48 da manhã  
Blogger Eurico de Barros said...

Já me deixei de noitadas há muito tempo. Ainda estou a gozar juros das da década de 80!

4:14 da tarde  
Blogger M Isabel G said...

A reportagem está engraçada, Eurico.
Não me revi nela, mas certamente que muita gente o fez.

4:23 da tarde  
Blogger Jansenista said...

Miss, Natal assim-assim, com muitas preocupações, e poucochinhas prendas, mas boas. O roteiro nocturno de Lisboa tomando por eixo a Rua do Alecrim é coisa que não me anima, em definitivo. E aquele estilo neo-brutalista de garagem-bunker em que se bebe de pé e é totalmente impossível conversar... nunca gostei, embora por boas causas tenha gramado muito disso: os inconvenientes da «vida artística»!

12:47 da manhã  
Blogger M Isabel G said...

Caro Jansenista,
Se é por boas causas....
;)

1:59 da manhã  

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