Turistas ocasionais
Elevador da Bica
Saída no Metro Chiado, a alguns metros do elevador da Bica. Alguns turistas estrangeiros de mapa nas mãos. Lojas, cafés, restaurantes, supermercados, tudo fechado.Lisboa praticamente deserta de portugueses. Um-zero e eu já tinha perdido a primeira aposta: a loja de artigos tradicionais portugueses na Praça do Município estava aberta. Tudo caríssimo mas com algum bom gosto. Foi o único local onde pudemos encontrar mapas de Lisboa de distribuição gratuita.
Eléctrico 28
Cais do Sodré, Rua do Arsenal, Praça do Município, Praça do Comércio, paragem do eléctrico 28 na Rua da Madalena. De novo os únicos portugueses. No blog Viver na Alta de Lisboa, video do percurso desta raridade lisboeta (via Olissipo)
Por aqui já surgem alguns indígenas, que nos acampanhavam nas sardinhas assadas com pimentos. Demasiados carros por todo o lado apesar do parque estacionamento, onde praticamente só entraram viaturas de matrícula estrangeira. Os outros, os carros dos tugas, têm o seu habitat natural nos passeios e nas curvas. Qualquer buraquinho lhes serve.
Mas a gente esquece tudo nos miradouros com o Tejo aos nossos pés. Deixamo-nos levar por aquela luz e pelo azul do rio e iludimo-nos com a cidade e com o país.
Junto à imagem de S. Jorge rendemo-nos aos bilhetes para o torniquete para entrar no castelo e como residentes na cidade safamo-nos dos 3 euros, mas não nos livramos da fila. Não há casa de souvenirs de onde não saia um faduncho da Amália. Na loja fina de objectos típicos junto à entrada, há chávenas de chá de design a imitar a calçada portuguesa a 22 euros. Uma chávena preta com uma asa vermelha a finjir a crista do galo de Barcelos custa 15 euros, e por aí adiante. Estamos na Europa.
As vistas fazem esquecer dores de pés enfiados em sandálias de salto e ninguém resiste à clássica fotografia junto aos canhões.
Já não entrava no castelo há alguns anos e fiquei muito agradada: está uma coisa que se pode ver. As diversas actividades são muito interessantes e aos espectáculos musicais nocturnos não falta certamente uma das melhores vistas do mundo.
Durante umas horas reconcilei-me com a cidade, o que para mim já não é mau. Dali de cima parecia tudo tão direitinho.
2 Comments:
Humm... maravilhoso. Gostei também do vídeo do eléctrico. Eu, que não sou de Lisboa, tive já esse mesmo deslumbramento quando lá vivi: http://katraponga.weblog.com.pt/arquivo/196346.html
Katraponga,
Já li o seu post e gostei muito.
Vitor A,
Yes, of course :)
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